terça-feira, maio 24, 2011

Uma fábula...


Uma galinha achou alguns grãos de trigo
e disse aos vizinhos:
“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer.
Alguém me quer ajudar a plantá-lo?”
“Eu não, estás parva !” - disse a vaca.
Nem eu, tenho mais que fazer !” - emendou o pato.
Eu também não” - retorquiu o porco.
Eu muito menos” - completou o bode.
“Então, eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados.

“Quem me vai ajudar a colher o trigo?” - quis saber a galinha.
“Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido” - disse o pato.
“Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo” - disse o porco.
“Não, depois de tantos anos de serviço”, - exclamou a vaca.
“Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego” - disse o bode
Então, eu mesma colho” - disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.
Finalmente, chegara a hora de amassar o pão. “Quem me vai ajudar a cozer o pão?” - indagou a galinha.
“Eu fugi da escola e não aprendi essas merdas ! Ganho bem com a passa !” - disse o porco.
“Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença” - continuou o pato.
“Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação” - resmungou o bode.
Só se me pagarem horas extra” - exclamou a vaca.
“Então, eu mesma faço” - exclamou a pequena galinha. Cozeu cinco pães e pô-los a todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver.

De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente:
“Não! Vou comer os cinco pães sozinha”.

2 comentários:

SOL da Esteva disse...

E assim procedem os "subsidio dependentes"!...
Claro que a Galinha foi considerada reaccionária ou latifundiária.

Beijo
SOL

Anónimo disse...

Gosto muito da fotografia,foi bem tirada.Pertinente e oportuna.
Temos de saber, se queremos ser parte do problema, ou da solução.
Claro que é preciso arregaçar as mangas!
Pró que der e vier.
bjs Dad
jrom