quinta-feira, dezembro 29, 2011

PARA O ANO DE 2012!


FELIZ ANO NOVO- HAPPY NEW YEAR

Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano,

foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no

limite da exaustão.

Doze meses é tempo suficiente para qualquer ser humano se cansar e entregar

os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez com outro número

e outra vontade de acreditar que daqui pra adiante vai ser diferente....


...Para vocês, desejo o sonho realizado, o amor esperado, a esperança


renovada.

...Para vocês, desejo todas as cores desta vida, todas as alegrias que

puder sorrir, todas as músicas que puder emocionar.

...Para vocês neste novo ano, desejo que os amigos continuem cúmplices, que

suas famílias estejam unidas, que suas vidas sejam bem vividas!


Gostaria de lhes desejar tantas coisas, mas nada seria suficiente...

Então, desejo apenas que vocês tenham muitos desejos.

Desejos grandes e que eles possam mover todos a cada minuto, rumo à

FELICIDADE!!!"

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, dezembro 28, 2011

O FIM DO ANO


O fim do ano é um cocktail de ilusões...
Pedidos novos em fatos velhos,
são queimados na fogueira dos desejos...
Abrem-se as luzes, batem-se os copos,
fazendo-se saúdes ao recem-nasciso ano que por aí vem...
Vem vestido de menino com os trajes sujos do ano que passou...


trajando-se depois de "novinho em folha",
na realidade, nem melhor, nem pior - o mesmo -
todos os anos - o mesmo -
incansávelmente para gáudio dos foliões - apesar de ser o mesmo...
E quase todos nós, com mais uma esperança na gaveta,
a esperar o menino ano envolto em ilusões!

Dado que se trata de um escrito num dia menos bom, espero que isto seja só um momento de mal-estar meu e possa ser um Ano Muito feliz para todos!


DAD

Um texto de Isabel do Carmo no Público de 28_11_2011


O primeiro-ministro anunciou que íamos empobrecer, com aquele desígnio de falar "verdade", que consiste na banalização do mal, para que nos resignemos mais suavemente. Ao lado, uma espécie de contabilista a nível nacional diz-nos, como é hábito nos contabilistas, que as contas são difíceis de perceber, mas que os números são crus. Os agiotas batem à porta e eles afinal até são amigos dos agiotas. Que não tivéssemos caído na asneira de empenhar os brincos, os anéis e as pulseiras para comprar a máquina de lavar alemã. E agora as jóias não valem nada. Mas o vendedor prometeu-nos que... Não interessa.

Vamos empobrecer. Já vivi num país assim. Um país onde os "remediados" só compravam fruta para as crianças e os pomares estavam rodeados de muros encimados por vidros de garrafa partidos, onde as crianças mais pobres se espetavam, se tentassem ir às árvores. Um país onde se ia ao talho comprar um bife que se pedia "mais tenrinho" para os mais pequenos, onde convinha que o peixe não cheirasse "a fénico". Não, não era a "alimentação mediterrânica", nos meios industriais e no interior isolado, era a sobrevivência.

Na terra onde nasci, os operários corticeiros, quando adoeciam ou deixavam de trabalhar vinham para a rua pedir esmola (como é que vão fazer agora os desempregados de "longa" duração, ou seja, ao fim de um ano e meio?). Nessa mesma terra deambulavam também pela rua os operários e operárias que o sempre branqueado Alfredo da Silva e seus descendentes punham na rua nos "balões" ("Olha, hoje houve um ' balão' na Cuf, coitados!"). Nesse país, os pobres espreitavam pelos portões da quinta dos Patiño e de outros, para ver "como é que elas iam vestidas".

Nesse país morriam muitos recém-nascidos e muitas mães durante o parto e após o parto. Mas havia a "obra das Mães" e fazia-se anualmente "o berço" nos liceus femininos onde se colocavam camisinhas, casaquinhos e demais enxoval, com laçarotes, tules e rendas e o mais premiado e os outros eram entregues a famílias pobres bem- comportadas (o que incluía, é óbvio, casamento pela Igreja).

Na terra onde nasci e vivi, o hospital estava entregue à Misericórdia. Nesse, como em todos os das Misericórdias, o provedor decidia em absoluto os desígnios do hospital. Era um senhor rural e arcaico, vestido de samarra, evidentemente não médico, que escolhia no catálogo os aparelhos de fisioterapia, contratava as religiosas e os médicos, atendia os pedidos dos administrativos ("Ó senhor provedor, preciso de comprar sapatos para o meu filho"). As pessoas iam à "Caixa", que dependia do regime de trabalho (ainda hoje quase 40 anos depois muitos pensam que é assim), iam aos hospitais e pagavam de acordo com o escalão. E tudo dependia da Assistência. O nome diz tudo. Andavam desdentadas, os abcessos dentários transformavam-se em grandes massas destinadas a operação e a serem focos de septicemia, as listas de cirurgia eram arbitrárias. As enfermarias dos hospitais estavam cheias de doentes com cirroses provocadas por muito vinho e pouca proteína. E generalizadamente o vinho era barato e uma "boa zurrapa".

E todos por todo o lado pediam "um jeitinho", "um empenhozinho", "um padrinho", "depois dou-lhe qualquer coisinha", "olhe que no Natal não me esqueço de si" e procuravam "conhecer lá alguém".

Na província, alguns, poucos, tinham acesso às primeiras letras (e últimas) através de regentes escolares, que elas próprias só tinham a quarta classe. Também na província não havia livrarias (abençoadas bibliotecas itinerantes da Gulbenkian), nem teatro, nem cinema.

Aos meninos e meninas dos poucos liceus (aquilo é que eram elites!) era recomendado não se darem com os das escolas técnicas. E a uma rapariga do liceu caía muito mal namorar alguém dessa outra casta. Para tratar uma mulher havia um léxico hierárquico: você, ó; tiazinha; senhora (Maria); dona; senhora dona e... supremo desígnio - Madame.

Os funcionários públicos eram tratados depreciativamente por "mangas-de-alpaca" porque usavam duas meias mangas com elásticos no punho e no cotovelo a proteger as mangas do casaco.

Eu vivi nesse país e não gostei. E com tudo isto, só falei de pobreza, não falei de ditadura. É que uma casa bem com a outra. A pobreza generalizada e prolongada necessita de ditadura. Seja em África, seja na América Latina dos anos 60 e 70 do século XX, seja na China, seja na Birmânia, seja em Portugal.

terça-feira, dezembro 27, 2011

PROMESSAS...





A noite chegou cheia de promessas a concretizar
No ar um aroma doce envolveu o teu olhar…
Desse aroma de promessas não conheço o fulgor,
Pois espinhos são mais presentes do que gestos de amor…

Era noite, que o dia se envolvia nela,
Chamaste por mim, eu cheguei à janela,
Os meus olhos eram chispas cheias de fulgor,
Nos meus lábios sequiosos desenhava-se o amor…

A noite aconteceu igual às outras…
O dia, perguiçoso, despertou,
O Sol, fulgurante, finalmente… chegou!




E tu partiste!


Dad

sábado, dezembro 24, 2011

Então é Natal



Então até amanhã que o Pai Natal já está a tocar à porta!
Beijinhos a todos!

HOJE QUERO ENCHER A MINHA CASA DE FLORES




Hoje quero encher a minha casa de flores porque é véspera de Natal!
Hoje aguardo todos os meus queridos,
Toda a minha família próxima.
Vou encher a minha sala com os gritinhos das crianças,com as conversas dos adultos e com uma música leve, de fundo, para nos conseguirmos ouvir todos bem.
Mas sobretudo quero que a minha casa fique inundada de amor que possa transbordar pelas janelas inundando as ruas e as avenidas de todas as vilas e cidades do mundo.
Eu espero que Deus ajude a que o espirito de Natal -que é mais importante que as prendas-, nos envolva a todos e nos conforte pelo facto de ser Natal, de sermos uma família e podermos estar aqui todos juntos.
É evidente que será impossível não lembrar outros Natais já passados em que éramos mais à mesa, pois houve quem já se tivesse despedido de nós e esteja noutro plano.
Como Deus é misericordioso mandou a esta terra o meu querido neto e a minha querida afilhada que são agora as crianças da família.

terça-feira, dezembro 20, 2011

SER ROSA...???- Meditação do dia!







Ser rosa não é tarefa fácil
que cedo nos levam por maus caminhos...
Ser mulher é ser quase como a rosa,
pois cedo nos enchem a alma de espinhos...

Era bom que o caminho fosse liso e leve,
o coração aberto, cheio de alegria!
Cedo encontramos na vida os escolhos,
mas na coragem dos teus olhos,
esperava encontrar rosas, em cada dia!
(Dad)


segunda-feira, dezembro 19, 2011

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Joãozinho a Rezar


Senhor todo poderoso: há 2 anos o Senhor levou meu cantor favorito Michael Jackson! O meu locutor favorito Lombard! O meu ator preferido Patrick Swayze! Minha dançarina preferida Lacraia! Esse ano levou a minha cantora favorita Amy Winehouse! Quero lembrar ao senhor que os meus políticos preferidos são: ANGELA MERKEL, NICOLAS SARKOZY, SÍLVIO BERLUSCONI, CAVACO SILVA, PEDRO PASSOS COELHO, PAULO PORTAS, ALBERTO JOÃO JARDIM, VICTOR GASPAR...

quinta-feira, dezembro 15, 2011

A LENDA DAS VELAS DE NATAL



Uma lenda antiga, austríaca, nos fala de um pobre sapateiro que vivia na encruzilhada de um caminho, nos arrebaldes de uma cidade. Pensando em ajudar os viajantes que à noite passavam por ali, mantinha, na janela de sua casa, uma vela acesa todas as noites. Vivia só, mas se sentia como a criatura mais feliz daquele lugar.
Veio uma grande guerra e os jovens tiveram que partir para o campo de luta. Sem braços fortes para o trabalho, a cidade foi ficando cada vez mais pobre. Mesmo assim, lá estava a velinha do sapateiro todas as noites.
- Quem sabe, pensavam, é aquela velinha acesa, o segredo da felicidade desse homem.
Resolveram, então, imitá-lo. Todos acenderam naquela noite a sua vela. Era véspera de Natal, e, em todas as casas, havia uma vela acesa na janela.
À meia-noite, os sinos das igrejas começaram a tocar, anunciando a boa notícia: a guerra terminara!
- Um milagre!diziam todos. É o milagre das velas acesas!
Assim, todos os anos acendiam velas na véspera de Natal...e o costume se espalhou...
Mas, a grande Luz que anuncia a verdadeira paz é Jesus. Ele diz: "Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida." (João 8.12)


Narrativa de


(Wilson Castro Ferreira)



quarta-feira, dezembro 14, 2011

POUPANDO O MOTOR?



Pelo inesperado, não resisti a publicar...

Será para poupar o burro ou para levá-lo ao hospital???

Mistérios de uma foto!

segunda-feira, dezembro 12, 2011

POEMA DE NATAL DE ANTÓNIO GEDEÃO




Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprado.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.




(António Gedeão)


sábado, dezembro 10, 2011

Achei este poema lindooooooooo e aí vai para todos!




Eu te peço perdão por te amar de repente
Embora o meu amor
seja uma velha canção nos teus ouvidos
Das horas que passei à sombra dos teus gestos
Bebendo em tua boca o perfume dos sorrisos
Das noites que vivi acalentando
Pela graça indizível
dos teus passos eternamente fugindo
Trago a doçura
dos que aceitam melancolicamente.
E posso te dizer
que o grande afeto que te deixo
Não traz o exaspero das lágrimas
nem a fascinação das promessas
Nem as misteriosas palavras
dos véus da alma...
É um sossego, uma unção,
um transbordamento de carícias
E só te pede que te repouses quieta,
muito quieta
E deixes que as mãos cálidas da noite
encontrem sem fatalidade
o olhar estático da aurora.
Vinícius de Moraes


Não é um poema de Natal mas é um excelente poema de amor!

Beijinhos a todos e deixem-se mergulhar no poema!

Dad

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A todos os meus amigos e amigas!
Que seja bom, que seja belo e que seja branco
que seja branco,e que seja da cor dos anjos que enfeitamos nossos sonhos...
Que traga, alegria , felicidade e amor, paz na terra sem guerra
que seja paz, amor alegria e que se espalhe por todos e todas
todos os dias!
Para que nos faça melhores uns para com os outros, melhores amigos, melhores familiares, melhores crianças. Para que saibamos ser outra vez crianças a valer e a........acreditar!
Voltar a ser ingénuo e bom e irmão!
Para todos um Santo Natal cheio de desejos dos melhores que a nossa mente arquitecta, pois só assim construiremos segundo os desejos do grande CRIADOR!
BEIJINHOS DE NATAL TRANSFORMADOS EM PAZ PRECISAM-SE E MUITO!

quinta-feira, dezembro 01, 2011

O MUNDO NA MINHA MÃO...


Se eu tivesse o mundo na minha mão
Seria melhor do que os outros são?

Falo e critico o que não se vê bem feito

mas...

Se eu tivesse o mundo na minha mão

Seria melhor do que os outros são?

Eterna é a dúvida…
DAD

TEXTO GENIAL DE MIGUEL SOUSA TAVARES


Segunda-feira passada, a meio da tarde, faço a A-6, em direcção a Espanha e na companhia de uma amiga estrangeira; quarta-feira de manhã, refaço o mesmo percurso, em sentido inverso, rumo a Lisboa. Tanto para lá como para cá, é uma auto-estrada luxuosa e fantasma. Em contrapartida, numa breve incursão pela estrada nacional, entre Arraiolos e Borba, vamos encontrar um trânsito cerrado, composto esmagadoramente por camiões de mercadorias espanhóis. Vinda de um país onde as auto-estradas estão sempre cheias, ela está espantada com o que vê:
- É sempre assim, esta auto-estrada?
- Assim, como?
- Deserta, magnífica, sem trânsito?
- É, é sempre assim.
- Todos os dias?
- Todos, menos ao domingo, que sempre tem mais gente.
- Mas, se não há trânsito, porque a fizeram?
- Porque havia dinheiro para gastar dos Fundos Europeus, e porque diziam que o desenvolvimento era isto.
- E têm mais auto-estradas destas?
- Várias e ainda temos outras em construção: só de Lisboa para o Porto, vamos ficar com três. Entre S. Paulo e o Rio de Janeiro, por exemplo, não há nenhuma: só uns quilómetros à saída de S. Paulo e outros à chegada ao Rio. Nós vamos ter três entre o Porto e Lisboa: é a aposta no automóvel, na poupança de energia, nos acordos de Quioto, etc. - respondi, rindo-me.
- E, já agora, porque é que a auto-estrada está deserta e a estrada nacional está cheia de camiões?
- Porque assim não pagam portagem.
- E porque são quase todos espanhóis?
- Vêm trazer-nos comida.
- Mas vocês não têm agricultura?
- Não: a Europa paga-nos para não ter. E os nossos agricultores dizem que produzir não é rentável.
- Mas para os espanhóis é?
- Pelos vistos...
Ela ficou a pensar um pouco e voltou à carga:
- Mas porque não investem antes no comboio?
- Investimos, mas não resultou.
- Não resultou, como?
- Houve aí uns experts que gastaram uma fortuna a modernizar a linha Lisboa-Porto, com comboios pendulares e tudo, mas não resultou.
- Mas porquê?
- Olha, é assim: a maior parte do tempo, o comboio não 'pendula'; e, quando 'pendula', enjoa de morte. Não há sinal de telemóvel nem Internet, não há restaurante, há apenas um bar infecto e, de facto, o único sinal de 'modernidade' foi proibirem de fumar em qualquer espaço do comboio. Por isso, as pessoas preferem ir de carro e a companhia ferroviária do Estado perde centenas de milhões todos os anos.
- E gastaram nisso uma fortuna?
- Gastámos. E a única coisa que se conseguiu foi tirar 25 minutos às três horas e meia que demorava a viagem há cinquenta anos...
- Estás a brincar comigo!
- Não, estou a falar a sério!
- E o que fizeram a esses incompetentes?
- Nada. Ou melhor, agora vão dar-lhes uma nova oportunidade, que é encherem o país de TGV: Porto-Lisboa, Porto-Vigo, Madrid-Lisboa... e ainda há umas ameaças de fazerem outro no Algarve e outro no Centro.
- Mas que tamanho tem Portugal, de cima a baixo?
- Do ponto mais a norte ao ponto mais a sul, 561 km.
Ela ficou a olhar para mim, sem saber se era para acreditar ou não.
- Mas, ao menos, o TGV vai directo de Lisboa ao Porto?
- Não, pára em várias estações: de cima para baixo e se a memória não me falha, pára em Aveiro, para os compensar por não arrancarmos já com o TGV deles para Salamanca; depois, pára em Coimbra para não ofender o prof. Vital Moreira, que é muito importante lá; a seguir, pára numa aldeia chamada Ota, para os compensar por não terem feito lá o novo aeroporto de Lisboa; depois, pára em Alcochete, a sul de Lisboa, onde ficará o futuro aeroporto; e, finalmente, pára em Lisboa, em duas estações.
- Como: então o TGV vem do Norte, ultrapassa Lisboa pelo sul, e depois volta para trás e entra em Lisboa?
- Isso mesmo.
- E como entra em Lisboa?
- Por uma nova ponte que vão fazer.
- Uma ponte ferroviária?
- E rodoviária também: vai trazer mais uns vinte ou trinta mil carros todos os dias para Lisboa.
- Mas isso é o caos, Lisboa já está congestionada de carros!
- Pois é.
- E, então?
- Então, nada. São os especialistas que decidiram assim.
Ela ficou pensativa outra vez. Manifestamente, o assunto estava a fasciná-la.
- E, desculpa lá, esse TGV para Madrid vai ter passageiros? Se a auto-estrada está deserta...
- Não, não vai ter.
- Não vai? Então, vai ser uma ruína!
- Não, é preciso distinguir: para as empresas que o vão construir e para os bancos que o vão capitalizar, vai ser um negócio fantástico! A exploração é que vai ser uma ruína - aliás, já admitida pelo Governo - porque, de facto, nem os especialistas conseguem encontrar passageiros que cheguem para o justificar.
- E quem paga os prejuízos da exploração: as empresas construtoras?
- Naaaão! Quem paga são os contribuintes! Aqui a regra é essa!
- E vocês não despedem o Governo?
- Talvez, mas não serve de muito: quem assinou os acordos para o TGV com Espanha foi a oposição, quando era governo...
- Que país o vosso! Mas qual é o argumento dos governos para fazerem um TGV que já sabem que vai perder dinheiro?
- Dizem que não podemos ficar fora da Rede Europeia de Alta Velocidade.
- O que é isso? Ir em TGV de Lisboa a Helsínquia?
- A Helsínquia, não, porque os países escandinavos não têm TGV.
- Como? Então, os países mais evoluídos da Europa não têm TGV e vocês têm de ter?
- É, dizem que assim entramos mais depressa na modernidade.
Fizemos mais uns quilómetros de deserto rodoviário de luxo, até que ela pareceu lembrar-se de qualquer coisa que tinha ficado para trás:
- E esse novo aeroporto de que falaste, é o quê?
- O novo aeroporto internacional de Lisboa, do lado de lá do rio e a uns 50 quilómetros de Lisboa.
- Mas vocês vão fechar este aeroporto que é um luxo, quase no centro da cidade, e fazer um novo?
- É isso mesmo. Dizem que este está saturado.
- Não me pareceu nada...
- Porque não está: cada vez tem menos voos e só este ano a TAP vai cancelar cerca de 20.000. O que está a crescer são os voos das low-cost, que, aliás, estão a liquidar a TAP.
- Mas, então, porque não fazem como se faz em todo o lado, que é deixar as companhias de linha no aeroporto principal e chutar as low-cost para um pequeno aeroporto de periferia? Não têm nenhum disponível?
- Temos vários. Mas os especialistas dizem que o novo aeroporto vai ser um hub ibérico, fazendo a trasfega de todos os voos da América do Sul para a Europa: um sucesso garantido.
- E tu acreditas nisso?
- Eu acredito em tudo e não acredito em nada. Olha ali ao fundo: sabes o que é aquilo?
- Um lago enorme! Extraordinário!
- Não: é a barragem de Alqueva, a maior da Europa.
- Ena! Deve produzir energia para meio país!
- Praticamente zero.
- A sério? Mas, ao menos, não vos faltará água para beber!
- A água não é potável: já vem contaminada de Espanha.
- Já não sei se estás a gozar comigo ou não, mas, se não serve para beber, serve para regar - ou nem isso?
- Servir, serve, mas vai demorar vinte ou mais anos até instalarem o perímetro de rega, porque, como te disse, aqui acredita-se que a agricultura não tem futuro: antes, porque não havia água; agora, porque há água a mais.
- Estás a dizer-me que fizeram a maior barragem da Europa e não serve para nada?
- Vai servir para regar campos de golfe e urbanizações turísticas, que é o que nós fazemos mais e melhor.
Apesar do sol de frente, impiedoso, ela tirou os óculos escuros e virou-se para me olhar bem de frente:
- Desculpa lá a última pergunta: vocês são doidos ou são ricos?
- Antes, éramos só doidos e fizemos algumas coisas notáveis por esse mundo fora; depois, disseram-nos que afinal éramos ricos e desatámos a fazer todas as asneiras possíveis cá dentro; em breve, voltaremos a ser pobres e enlouqueceremos de vez.
Ela voltou a colocar os óculos de sol e a recostar-se para trás no assento. E suspirou:
- Bem, uma coisa posso dizer: há poucos países tão agradáveis para viajar como Portugal! Olha-me só para esta auto-estrada sem ninguém!

Com este andar...é assim que vamos ficar...




sexta-feira, novembro 25, 2011

E ANTÓNIO ALEIXO MORREU EM 1949...


Aqui ficam cinco quadras deste grande poeta popular que até parece que foram feitas hoje...




Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.



(António Aleixo)



Cliquem no link abaixo e vejam que lindo!!!



segunda-feira, novembro 21, 2011

UMA LINDA MENSAGEM PARA O INÍCIO DA SEMANA


Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.
E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem-se do presente de forma que acabam por não viver nem o presente, nem o futuro.
E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido."
- Dalai Lama-

segunda-feira, novembro 14, 2011

IMAGINE - POR MÁRIO CRESPO


Imaginem que todos os gestores públicos das setenta e sete empresas do Estado decidiam voluntariamente baixar os seus vencimentos e prémios em dez por cento. Imaginem que decidiam fazer isso independentemente dos resultados.

Se os resultados fossem bons as reduções contribuíam para a produtividade. Se fossem maus ajudavam em muito na recuperação.

Imaginem que os gestores públicos optavam por carros dez por cento mais baratos e que reduziam as suas dotações de combustível em dez por cento.

Imaginem que as suas despesas de representação diminuíam dez por cento também. Que retiravam dez por cento ao que debitam regularmente nos cartões de crédito das empresas.

Imaginem ainda que os carros pagos pelo Estado para funções do Estado tinham ESTADO escrito na porta.

Imaginem que só eram usados em funções do Estado.

Imaginem que dispensavam dez por cento dos assessores e consultores e passavam a utilizar a prata da casa para o serviço público.

Imaginem que gastavam dez por cento menos em pacotes de rescisão para quem trabalha e não se quer reformar.

Imaginem que os gestores públicos do passado, que são os pensionistas milionários do presente, se inspiravam nisto e aceitavam uma redução de dez por cento nas suas pensões. Em todas as suas pensões. Eles acumulam várias. Não era nada de muito dramático. Ainda ficavam, todos, muito acima dos mil contos por mês.

Imaginem que o faziam, por ética ou por vergonha.

Imaginem que o faziam por consciência.

Imaginem o efeito que isto teria no défice das contas públicas.

Imaginem os postos de trabalho que se mantinham e os que se criavam. Imaginem os lugares a aumentar nas faculdades, nas escolas, nas creches e nos lares.

Imaginem este dinheiro a ser usado em tribunais para reduzir dez por cento o tempo de espera por uma sentença. Ou no posto de saúde para esperarmos menos dez por cento do tempo por uma consulta ou por uma operação às cataratas.

Imaginem remédios dez por cento mais baratos.

Imaginem dentistas incluídos no serviço nacional de saúde.

Imaginem a segurança que os municípios podiam comprar com esses dinheiros.

Imaginem uma Polícia dez por cento mais bem paga, dez por cento mais bem equipada e mais motivada.

Imaginem as pensões que se podiam actualizar.

Imaginem todo esse dinheiro bem gerido. Imaginem IRC, IRS e IVA a descerem dez por cento também e a economia a soltar-se à velocidade de mais dez por cento em fábricas, lojas, ateliers, teatros, cinemas, estúdios, cafés, restaurantes e jardins.

Imaginem que o inédito acto de gestão de Fernando Pinto, da TAP, de baixar dez por cento as remunerações do seu Conselho de Administração nesta altura de crise na TAP, no país e no Mundo é seguido pelas outras setenta e sete empresas públicas em Portugal.

sexta-feira, novembro 11, 2011

quarta-feira, novembro 02, 2011

UM DIA DE CHUVA, MAS TAMBÉM DE SOL

As gotas de chuva caem-me no rosto
Pensamentos entrecruzados situam-se entre a terra e o céu
O dia amanheceu triste com os alvores do inverno.
As gotas de chuva,
Ping,ping,ping,ping
Ameaçam um dia com as lágrimas de uma sonata interrompida.
É preciso acreditar no Sol!
Que nos inunde de brilho e de calor
E que ele assim continue para sempre,
Consolando as almas tristes, na Terra!


(Dad)

domingo, outubro 16, 2011

A FALTA QUE FAZEM OS AMIGOS



Deus falhou-lhe com o sopro da vida...


Soprou mal no corpo do meu amigo Moa


o seu corpo ficou sem vida - só...


E falhou com o Norberto também. Estará cansado de gente talentosa?


Terá ido ver o seu primo Norberto que emigou sem dar conhecimento para as paragens onde as almas se demoram no infinito dos céus que nos abundam?


Esta debandada dos meus amigos, músicos e poetas NÃO ME ESTÁ A AGRADAR. Será que a terra se prepara para deixar sair os melhores?


Não quero os meus poetas e os meus músicos fora da Terra. Fazem-me falta.Fazem falta a todos nós.


DAD


É preciso voltar....É preciso voltar...É preciso voltar e regar as sementes da poesia e da música.


Á preciso - é urgente voltar - nem que seja em sonhos...

ESTE BLOG ESTÁ DE LUTO


O grande poeta português e meu grande amigo, André Moa, faleceu. Foi uma pessoa especial, um grande artista, uma alma muito sensível, um grande poeta, um grande pai e um grande marido.
Para a sua família, esposa, filhos, irmãos e mãe vão os meus profundos sentimentos de amizade para esta família linda que me soube acarinhar ao longo dos anos de conhecimento. O meu amigo André Moa será sempre alguém que carrego, com toda a amizade, no meu coração.
Para os que porventura o conheceram informo que hoje às14.00H o corpo irá para a Igreja de Benfica onde ficará em Câmara ardente.
O funeral sairá amanhã pelas 13.30H da Igreja para o crematório do cemitério dos Olivais.


quinta-feira, outubro 06, 2011

CONFERÊNCIAS DO ESTORIL - MIA COUTO

MORREU STEVE JOBS


Visionário, criativo, irascível, místico, carismático, um dos maiores inovadores, senão o maior, da era digital.Dono da Apple. Morreu aos 56 anos e deixou a sua marca na vida de milhões de pessoas.
Algumas das suas teorias:
- "Estamos cá para deixar uma marca no universo. Senão, para que estaríamos sequer aqui?
- "Acho que estamos a divertir-nos. Acho que os nossos clientes gostam dos nossos produtos. E estamos sempre a tentar melhorar. "
- "A inovação distingue um líder de um seguidor."
- "Sejam uma referência na qualidade. Algumas pessoas não estão habituadas a um ambiente onde a excelência é esperada. "
- "Nós não cultivamos a maior parte da comida que ingerimos. Usamos roupas que outras pessoas fazem. Falamos uma língua que outras pessoas desenvolveram. Usamos uma matemática que outras pessoas fizeram evoluir…Quero dizer, estamos constantemente a apropriar-nos de coisas. É uma sensação maravilhosa e delirante sentir que criámos algo que devolvemos ao conjunto da experiencia e do conhecimento humano. "
- "Há uma expressão no budismo…mente de principiante. É maravilhoso ter uma mente de principiante. "
- "Vemos televisão para desligar o nosso cérebro e trabalhamos no nosso computador quando queremos ligar o nosso cérebro. "
- "Sou a única pessoa que conheço que perdeu 250 mil milhões de dólares num ano. Ajuda a fortalecer a personalidade."
- "Trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates. "
- "O nosso tempo é limitado, por isso não o percamos nas vidas dos outros. Não fiquemos encurralados em dogmas, isso é viver com os resultados do pensamento de outras pessoas. Não deixem que o ruído das opiniões dos outros torne a nossa voz interior inaudível. E acima de tudo, tenham a coragem para seguir o vosso coração e a vossa intuição. De alguma forma, eles sabem aquilo em que verdadeiramente nos queremos tornar. Tudo o resto é secundário. "

terça-feira, outubro 04, 2011

D. JANUÁRIO TORGAL FERREIRA - UMA VOZ DA IGREJA DE PORTUGAL


TENHO VERGONHA DO MEU PAÍS



O bispo das Forças Armadas acusa o governo de falta de sensibilidade e de incompetência diante da multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade e do respeito por elas próprias. E diz que não quer ser cúmplice.
Artigo 17 Setembro, 2011
Numa entrevista ao jornalista Manuel Vilas Boas, da TSF, o bispo das Forças Armadas, D. Januário Torgal Ferreira, diz não querer ser cúmplice com "esta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias", elogia a esquerda e acusa o governo de falta de sensibilidade e de incompetência.

"Tenho vergonha porque numa casa onde os mais pequenos não se podem sentar à mesa e comer do mesmo pão, que é o pão dos direitos e da dignidade, quem estiver a presidir à mesa deve sentir-se cúmplice", disse D. Januário. "E se nos dizemos Igreja, servidores do mundo, devo sentir-me cúmplice e não devo dormir tranquilo perante toda esta multidão de pessoas que já foram desapossadas da sua dignidade, do respeito por elas próprias e a quem as promessas vão no pior sentido".
Januário recorda o passado e diz ter tido vergonha da Igreja quando esta se calou e se ajoelhou diante de Salazar. Lembra que homens da Igreja foram educados no medo e não na liberdade e no à vontade de dizer o que pensam.
E afirma que hoje em dia, uma pessoa que toca em aspectos sociais é alguém que é de esquerda. "Mas então honra seja feita à esquerda", afirma, apontando que há muitos comunistas que são mais católicos que muitos católicos". E questiona: "porque é que só em momentos eleitorais se vai para as feiras? Se vai para os banhos de multidão e se dá beijinhos em gente mais simples?"
Quanto ao actual governo, D. Januário nota falta de sensibilidade nuns casos e noutros perfeita incompetência. "A gente vai dizer para o governo se sentar e nos ouvir". Não fomos educados na arte do diálogo", diz, referindo-se também aos que fazem críticas à Igreja.
O bispo das Forças Armadas aponta a falta de cultura democrática que ainda existe, "As pessoas não estão habituadas a quem vem manifestar oposição".E dá como exemplo a coluna dominical de domingo de Frei Bento Domingues no Público. "Para a mentalidade de muitas pessoas, ele não é nada meigo, diz uma palavra que tem uma originalidade única. Mas há pessoas que ficam incomodadas..."
D. Januário alerta que "há muita gente que gostaria do regresso de Salazar. Isso é uma tragédia". Mas, na sua opinião, devemos tratar essas pessoas como o Salazar nunca ousou tratar quem diferia dele. "Tratar as outras pessoas de forma diferente que essas pessoas, nas suas fontes culturais, trataram as outras", isto é, com democracia.
O bispo das Forças Armadas alerta que "há quem não defenda a ditadura, mas que defenda que uma ditadurazinha de algum tempo, que uns safanõezinhos faziam muito bem. Eu digo, os safanões, o prender, o bater só faz mal."
O que o leva à crítica à guerra do Iraque. "Houve jornalistas que me chamaram 'fundamentalista do Iémene' quando eu disse que estava em total desacordo com a guerra do Iraque", recorda. D. Januário defende a Primavera dos países árabes e nota que não houve tiques religiosos, o que houve foi tiques de cidadania. "São islâmicos, e portanto o Islão é compatível com a liberdade e até com a democracia. Ao contrário do sr. Bush, que queria impor a democracia com as armas, pode-se chegar à democracia através da razão".
http://www.esquerda.net/artigo/d-janu%C3%A1rio-torgal-%E2%80%9Ctenho-vergonha-do-meu-pa%C3%ADs%E2%80%9D

segunda-feira, outubro 03, 2011

Flores de figuras humanas


















Que belo efeito produzem estas pessoas. Realmente parecem belas flores do Jardim que é a Humanidade!

Judeu no muro das lamentações a falar ao telemóvel


Judeu: Deus?
Deus: Sim!
Judeu: Eu posso perguntar-lhe uma coisa?
Deus: Claro, meu filho!
Judeu: O que é um milhão de anos para o Senhor?
Deus: Um segundo.
Judeu: E mil milhões de euros?
Deus: Um cêntimo.
Judeu: Senhor, apenas um pedido: pode dar-me um cêntimo?
Deus: Meu filho, espera um segundo...