segunda-feira, agosto 29, 2005

Boa semana! Posted by Picasa

PARA SORRIR E PENSAR AGORA QUE AS FÉRIAS ESTÃO A CHEGAR AO FIM...



A NOVA FÁBULA DA CIGARRA E DA FORMIGA


Era uma vez, uma formiguinha e uma cigarra muito amigas.
Durante todo o outono, a formiguinha trabalhou sem parar, armazenando
comida para o período de inverno. Não aproveitou nada do sol, da brisa
suave do fim da tarde e nem do bate papo com os amigos no fim do
dia de trabalho.

O seu nome era "trabalho" e o seu sobrenome "sempre".

Enquanto isso, a cigarra só queria saber de cantar nas rodas de amigos e
nos bares da cidade; não desperdiçou um minuto sequer, cantou durante todo
o outono, dançou, aproveitou o sol, curtiu para valer sem se preocupar com
o inverno que estava para vir. Então, passados alguns dias, começou a
esfriar.

Era o inverno que estava a começar. A formiguinha, exausta de tanto
trabalhar, entrou para a sua singela e aconchegante toca repleta de
comida.

Mas alguém chamava pelo seu nome do lado de fora da toca. Quando abriu a
porta para ver quem era, ficou surpreendida com o que viu:A sua amiga cigarra
estava dentro de um Ferrari com um aconchegante casaco de vison.
E a cigarra disse para a formiguinha:

- Olá, amiga, vou passar o inverno em Paris. Será que você poderá cuidar
da minha toca?.
E a formiguinha respondeu:

- Claro, sem problemas ! Mas o que lhe aconteceu ? Como é que você conseguiu
dinheiro para ir a Paris e comprar este Ferrari ?

E a cigarra respondeu:

- Imagine você que eu estava cantando num bar na semana passada e um
produtor gostou da minha voz. Fechei um contrato de seis meses para fazer
shows em Paris... A propósito, a amiga deseja algo de lá ?

- Desejo sim. Se você encontrar o La Fontaine (autor da fábula original)
por lá, manda ele ir para o inferno!!!

Moral da História:

"Aproveite a sua vida, saiba dosear trabalho e lazer, pois trabalho em
demasia só traz benefício nas fábulas do La Fontaine e ao seu
patrão.Trabalhe, mas curta a sua vida. Ela é unica!! Se você não encontrar
a sua metade da laranja, não desanime, procure a sua metade do limão, adicione
açúcar ... e gelo, e vá ser feliz!"





quarta-feira, agosto 24, 2005

O Amor Humano... Posted by Picasa

ELOGIO AO AMOR



Ás vezes o Miguel Esteves Cardoso revolta-me, outras desconcerta-me, algumas vezes faz-me rir e hoje, com o artigo que vou publicar, fez-me reflectir e muito sobre esse sentimento que faz com que homens e mulheres, sob determinadas condições, se sintam atraídos como se de iman e metal se tratasse. Aí vai a sua prosa...

ELOGIO AO AMOR (Miguel Esteves Cardoso - Expresso )



"Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro.

Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se
apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido.
Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.

Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor
transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem.

A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se
apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.

Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço.

Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas.

Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental".

Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se
percebe.

Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser.

O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o oração
apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem.

Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida
dura a Vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."





segunda-feira, agosto 22, 2005

Tomara que seja exagero! Posted by Picasa

SERÁ QUE ESTE ESTUDO ESTÁ CERTO?

Portugal é o país mais infeliz da UE a 15

Portugal é o país com a menor taxa de felicidade entre os 15 países que formavam a União Europeia (UE) antes do último alargamento, indica um estudo agora divulgado.
O estudo, intitulado «O que Compra a Felicidade?», foi publicado agora pelo Instituto Alemão de Estudo do Trabalho (IZA), sedeado em Bona, e é da autoria de Christian Bornskov, Nabanita Datta Gupta e Peder Pedersen.
A análise assentou nos inquéritos promovidos pelo Eurobarómetro, o serviço da Comissão Europeia de análise da opinião pública, entre 1973 e 2002, junto de Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.
Os autores fizeram a média das respostas à pergunta «Como classifica em geral a sua satisfação com a vida que leva?», que consta do inquérito, que dá quatro possibilidades de resposta: muito satisfeito, que é quantificado em 4, satisfeito (3), pouco satisfeito (2), nada satisfeito (1).
Portugal surge em último lugar com uma média de 2,52 enquanto os dinamarqueses apresentam o valor mais elevado com 3,61. Mais de metade da amostra situa-se acima dos 3 pontos.
A seguir à Dinamarca surgem, por ordem decrescente, Suécia, Luxemburgo, Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, Finlândia e Áustria. Na metade inferior aparecem, também por ordem decrescente, Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, França e Grécia.
A análise da tendência do «bem-estar subjectivo», como é classificado, em 15 países europeus, entre 1973 e 2002, conclui que uma das principais explicações dos resultados está na comparação do crescimento do produto interno bruto (PIB) no momento da resposta com o crescimento verificado no passado recente.
Também com um forte peso explicativo está o crescimento da esperança de vida. Ao contrário, o crescimento da taxa de desemprego só aparece com significado quando é aferida pela ideologia do votante médio.
Os autores salientam que a tese dominante de que maiores rendimentos conduzem a maior felicidade só se tem comprovado em alguns períodos de tempo dentro de alguns países, e não para o conjunto dos países com rendimentos mais elevados.
Este «paradoxo», como dizem, é explicado com as comparações relativas que os indivíduos fazem com os seus pares ou vizinhos ou com o aumento das suas expectativas quanto a futuros aumentos de rendimento à medida que este aumenta.


Diário Digital / Lusa
22-08-2005 19:21:00

ISTO É QUE É CULTURA (DA BATATA,CLARO!)

Para os que não querem ler mas gostam de se "armar":

Leon Tolstoi-"GUERRA E PAZ" (1800 paginas)
Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra e por isso Napoleão invade
Moscovo. A rapariga casa-se com outro. FIM


Luis de Camões- "LUSIADAS" ( várias edições )
Resumo: Um poeta com insónias decide chatear o Rei e contar-lhe uma
história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos
por uma deusa porreiraça), tem o justo prémio numa ilha cheia de gajas
boas. FIM


Gustave Flaubert -"MADAME BOVARY" ( 378 paginas )
Resumo: Uma dona de casa engana o marido com o padeiro, o leiteiro, o
carteiro o homem do talho, o merceeiro e um vizinho cheio de massa.
Envenena-se e morre. FIM


William Shakespeare -"HAMLET"
Resumo: Um príncipe com insónias passeia pelas muralhas do castelo,
quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a
mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada que entretanto se
suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio
que tinha morto o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe
mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre,
assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que se tinha
suicidado.
FIM

sábado, agosto 20, 2005

E TOMEM LÁ ESTA PARA SE DISTRAIREM NO DOMINGO...

Se está farto do browser do seu computador, veja este...

http://www.lebonze.co.uk/stuff/move.htm

SOLIDÃO



-Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo... isto é carência.

-Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar... isto é saudade.

- Solidão não é o retiro voluntário a que a gente se impõe, às vezes, para realinhar os pensamentos... isto é equilíbrio.

- Solidão não é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente para que revejamos a nossa vida... isto é um princípio da natureza.

- Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado... isto é circunstância.

- Solidão é muito mais do que isto.

- Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos e procuramos,
em vão, pela nossa alma.

Por: Chico Buarque

segunda-feira, agosto 15, 2005

VIVER NÃO DÓI



Definitivo, como tudo o que é simples. A nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão especial que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz. Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projecções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque o nosso trabalho é desgastante e mal pago, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar. Sofremos não porque a nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar trocando confidencias com ela as nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. Sofremos não porque a nossa equipa perdeu, mas pela euforia sufocada. Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhámos e nunca chegámos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Iludindo-se menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, ao nos esquivarmos do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

Carlos Drummond de Andrade


sexta-feira, agosto 12, 2005

A mais bonita



Não, solidão, hoje não quero retocar-me
Nesse salão de tristeza onde as outras penteiam mágoas,
Deixo que as águas invadam o meu rosto...
Gosto de me ver chorar...
Finjo que estão me vendo
Eu preciso mostrar-me Bonita
Pra que os olhos do meu bem
Não olhem a mais ninguém
Quando eu me revelar
Da forma mais bonita
Pra saber como levar todos
Os desejos que ele tem
Ao me ver passar
Bonita...
Hoje eu arrasei!
Na casa de espelhos
Espalho os meus rostos
E finjo que finjo que finjo
Que não sei...

Chico Buarque 1989

quinta-feira, agosto 11, 2005

TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Se todos aprendessemos que todos os "diferentes" poderiam ser integrados neste mundo em que vivemos, que lindo seria encontrarmos situações como as que apreciamos no filme do link abaixo... dá para pensar...

http://www.ad-awards.com/inc/video.swf?id=104

sexta-feira, agosto 05, 2005

AS NOSSAS FLORESTAS

Ver o fogo através da televisão já é horrivel, mas a minha experiência de ontem, na autoestrada perto de Pombal trouxe-me o sentimento do horrível, do sofrimento, da impotência perante a destruição, da tristeza descontrolada de quem se vê cercado de fogo por todos os lados, ouve as árvores a chorar, as pessoas a gritar o seu desespero... o céu das 5H da tarde, feito noite escura, o ar irrespirável, a morte a acontecer ali, tão perto... sem ser possível estancar o sofrimento.

As pequenas Hiroshimas andavam por ali em pesadelo já que hoje é dia de recordar a verdadeira, esse minuto horrivel em que o Enola Gay deixou cair a bomba e queimou os habitantes e a cidade e isto, em vários planos, continuará subtilmente a acontecer em escalas diferentes do GRANDE HORROR, enquanto permanecer o egoismo!... até quando? Até quando perceber que salvar a terra, a água, as florestas, os animais, as populações, é o mínimo que se pode fazer para continuar a ter um país, um mundo?Quanto tempo para honrarmos a vida???Lembro Hiroshima com horror e espero que a memória do drama não se apague, não nos torne insensíveis. mas volto sempre ao meu País que amo e volto para perguntar:

Onde está o PODER que ponha cobro a isto? Onde está a PREVENÇÃO de que tanto se fala e nada acontece?

Vamos ter um país completamente ardido, PORQUÊ???

A quem serve esta situação? Não há misericórdia que lembre os que sofrem?

Muito se fala, nada se faz! Espero sinceramente que rapidamente as medidas correctas sejam tomada para pôr um fim a um sofrimento que se repete, ano a ano, desgastando os bens, mas sobretudo os sentimentos do nosso povo sofredor e de cada um de nós.

Espero que a PAZ e a tomada de consciência do Colectivo, acabe com estas chagas e estas imoralidades, locais e internacionais....PARA SEMPRE....