quinta-feira, maio 26, 2011

AO ENTARDECER



Imaginem como fiquei contente, ao receber por mail, uma poesia de uma querida prima, já com uma linda idade, mas ainda extremamente jovem no estar. Esta minha prima já tem vários livros publicados e é com muita alegria que aqui publico este poema da prima Lúcia, com muito carinho. Obrigada, prima pela sua lembrança!


Beijinhos grandes,
DAD




AO ENTARDECER



O céu enche-se de cores, ao entardecer
Ouvem-se os chilreios das avezinhas
É um burburinho na hora do recolher
Às árvores, onde estão suas caminhas

Fico a apreciar da música, a melodia
Do esvoaçar e o piar dos passarinhos
Há uma graça infinda nesta harmonia
No regresso dos animais, aos ninhos

Sente- se um sossego no fim do dia
Uma paz que entra na nossa alma
Enquanto a noite devagar, descia
E a natureza adormece em calma
Fernanda Lúcia

HASTA LA VISTA


e... HASTA LA VISTA A TODOS!



QUE ME VOY A MADRID!

CANTAR COM O MEU CORO!

ASSÉDIO SEXUAL



NOVO IMPRESSO IRS 2010



terça-feira, maio 24, 2011

Uma fábula...


Uma galinha achou alguns grãos de trigo
e disse aos vizinhos:
“Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer.
Alguém me quer ajudar a plantá-lo?”
“Eu não, estás parva !” - disse a vaca.
Nem eu, tenho mais que fazer !” - emendou o pato.
Eu também não” - retorquiu o porco.
Eu muito menos” - completou o bode.
“Então, eu mesma planto”, disse a galinha. E assim o fez. O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados.

“Quem me vai ajudar a colher o trigo?” - quis saber a galinha.
“Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido” - disse o pato.
“Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo” - disse o porco.
“Não, depois de tantos anos de serviço”, - exclamou a vaca.
“Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego” - disse o bode
Então, eu mesma colho” - disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.
Finalmente, chegara a hora de amassar o pão. “Quem me vai ajudar a cozer o pão?” - indagou a galinha.
“Eu fugi da escola e não aprendi essas merdas ! Ganho bem com a passa !” - disse o porco.
“Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença” - continuou o pato.
“Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação” - resmungou o bode.
Só se me pagarem horas extra” - exclamou a vaca.
“Então, eu mesma faço” - exclamou a pequena galinha. Cozeu cinco pães e pô-los a todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver.

De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente:
“Não! Vou comer os cinco pães sozinha”.

sábado, maio 21, 2011

Listagem de alguns dos piores alimentos para a saúde

Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.





Então, cuidado com estas coisas, ó pessoal! Eu vou fazer o mesmo!

sexta-feira, maio 20, 2011

MANDADO POR UM AMIGO...


MANUAL PARA OS HOMENS COMPREENDEREM AS MULHERES...
Já disponível o 1º volume do "Manual para entender as mulheres"
SERÁ??????????????????????????????????????????????




Será assim tão dificil??????????????????????????????????????????????????

A visão das coisas...


Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há também aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol!
(Pablo Picasso)

quinta-feira, maio 19, 2011

Artigo de Clara Ferreira Alves, no Expresso


Neste país emergem cavalgaduras, mas nós também somos cavalgaduras porque alombamos sem reclamar.
POVO…REVOLTA-TE, VEM PARA A RUA E MOSTRA DO QUE ÉS CAPAZ. POR FAVOR…LEIAM ISTO.
SE NINGUÉM ACTUA , A COISA FICA PRETA… MAS É PARA O NOSSO LADO!!!

Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, desde o 25 de Abril distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora contínua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande cavallia (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas Consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituámo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém quem acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra dos doentes infectados por acidente e negligência de Leonor Beleza com o vírus da sida?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu?
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
Clara Ferreira Alves - "Expresso"

quarta-feira, maio 18, 2011

IDEIAS ESTIMULANTES!- OLHAR O FUTURO



HOTEL OFERECE REFEIÇÕES DE GRAÇA PARA QUEM ESTIVER DISPOSTO A GERAR ELECTRICIDADE
O Crown Plaza Hotel, em Copenhague, Dinamarca , oferece uma chance para quem quer fazer uma boa refeição sem deixar de cuidar do planeta. O hotel disponibiliza bicicletas ligadas a um gerador de eletricidade para os hóspedes voluntários. Cada um deles deve produzir pelo menos 10 Watts/hora de eletricidade aproximadamente 15 minutos de pedalada para um adulto saudável. Após o exercício, o hóspede recebe um generoso vale-refeição: 26 euros.

BAR CAPTA ENERGIA PRODUZIDA PELA DANÇA DE SEUS FREQUENTADORES
Todas as luzes e os sons de uma balada gastam uma quantia considerável de electricidade. Pensando nisso, o dono do Bar Surya, em Londres, refez o chão da pista de dança de seu estabelecimento e o revestiu com placas que, ao serem pressionadas pelos frequentadores do lugar, produzem corrente elétrica. Essa energia é então usada para ajudar na carga elétrica necessária à casa. Andrew Charalambous, o visionário dono do bar, diz que a eletricidade produzida pela pista modificada representa 60% da necessidade energética do lugar.
EMPRESA CRIA IMPRESSORA QUE NÃO USA TINTA NEM PAPEL
Quem disse que uma impressora precisa de tinta ou papel para existir? Conheça a Impressora PrePean. Diferente das convencionais, ela utiliza uma peça térmica para fazer as impressões em folhas plásticas feitas especialmente para isso. Além de serem à prova dágua, elas podem ser facilmente apagadas. É só colocá-las novamente na impressora que, através de outra temperatura, a próxima impressão ficará no lugar da anterior. A mágica faz com que apenas uma dessas folhas possa ser utilizada mil vezes.
UNIVERSIDADE CONSTRÓI TELHADO VERDE
O Design Verde é uma tendência da arquitectura moderna, e não estamos falando apenas da cor, mas sim de locais como o prédio de cinco andares da Escola de Arte, Design e Comunicação da Universidade Tecnológica de Nanyang, em Singapura. A construção conta com uma cobertura vegetal e sua forma orgânica se mistura com a natureza onde está inserida. Os telhados revestidos de grama servem como ponto de encontro informal, além de ajudar no equilíbrio térmico do edifício e na absorção da água da chuva.

A Filosofia de Woody Allen... para sorrir...




As vantagens do nudismo saltam aos olhos.
A maconha causa perda de memória e outra coisa que não lembro.
Morrer é como dormir, mas sem levantar-se para fazer xixi.
A inactividade sexual é perigosa e pode produzir cornos.
Hoje em dia a fidelidade só se vê em equipamento de som.
O negócio mais exposto a quebra é a venda de cristaleiras.
Alguns casamentos acabam bem, outros duram toda a vida.
O casamento é como a caderneta de poupança, de tanto pôr e tirar perdem-se os rendimentos.
O diabético não pode fazer lua-de-mel.
Quando tudo sobe,o que baixa é a roupa íntima.
Qual o animal que depois de morto dá muitas voltas?
O frango assado.
Quando um médico erra, o melhor é colocar terra por cima.
A música japonesa , é uma tortura chinesa.
O eco tem sempre a última palavra.
Nos aviões, o tempo passa a voar.
Os mosquitos morrem entre aplausos.
O meu pai vendeu a farmácia porque já não havia remédio.
Os japoneses querem abrir os seus olhos ao mundo.
Solucionar problemas económicos é fácil: basta ter dinheiro.
Disfrute o dia, até que um imbecil o estrague.
Ama uns sobre outros.
Faça o bem sem olhar a quem.
É curioso chamar-se sexo oral a uma prática
em que o que se não pode fazer é falar.
Bígamo, é um idiota ao quadrado.
O mágico fez um gesto e desapareceu a fome,
fez outro e desapareceu a injustiça,
fez um terceiro e desapareceram as guerras.
O político fez um gesto e desapareceu o mágico.
Best wishes for all of you
Woody Allen

E ENTÃO...DE QUEM É A CULPA???


A culpa é do pólen dos pinheiros... Dos juízes, padres e mineiros
Dos turistas que vagueiam nas ruas
Das strippers que nunca se põem nuas...

Da encefalopatia espongiforme bovina
Do Júlio de Matos do João e da Catarina
A culpa é dos frangos que têm HN1
E dos pobres que já não têm nenhum...

A culpa é das prostitutas que não pagam impostos
Que deviam ser pagos também pelos mortos
A culpa é dos reformados e desempregados
Cambada de malandros feios, excomungados...

A culpa é dos que têm uma vida sã
E da ociosa Eva que comeu a maçã
A culpa é do Eusébio que já não joga a bola
E daqueles que não batem bem da tola...

A culpa é dos putos da casa Pia
Que mentem de noite e de dia
A culpa é dos traidores que emigram
E dos patriotas que ficam e mendigam...

A culpa é do Partido Social Democrata
E de todos aqueles que usam gravata
A culpa é do BE do CDS e do PCP
E dos que não querem o TGV
A culpa até pode ser do urso que hiberna
Mas não será nunca... de quem governa !!!

Excerto do debate na TVI entre Paulo Portas e José Sócrates.





Paulo Portas: "O sr. disse que nunca seria primeiro-ministro com o FMI."
José Sócrates: "Não foi isso que eu disse. O que eu disse é que não estava disponível para ser primeiro-ministro com o FMI."
Judite de Sousa: "Não é a mesma coisa?"
José Sócrates: "Não. É diferente."



AS BASES DA ECONOMIA EM PORTUGAL



PENSAMENTO DO DIA...



"Se temos de seguir o caminho dos gregos,
comecemos por envenenar o Sócrates."

CUIDADO COM A MAFALDINHA! ELA É DANADINHA...





O FMI AS NOVAS FRAGATAS E O TRABALHO ÁRDUO...




sexta-feira, maio 13, 2011

Homenagem a dois grandes poetas...André Moa e Pablo Neruda!


O NOSSO RIO
O NOSSO RIO É UMA BENÇÃO UM SACRILÉGIO
UM SACRÁRIO UMA LIXEIRA
UMA CORRENTE QUE NOS LAVA O SENTIMENTO
UM MONTURO QUE NOS CONSPURCA A RAZÃO
UM CAUDAL ENVENENADO
UMA FONTE DE AFLIÇÃO

O NOSSO RIO É UMA MIRAGEM
IMAGEM DE UM RIO QUE INUNDOU A NOSSA INFÂNCIA
DE PEIXES PRATEADOS ESTRELAS CINTILANTES
UMA CASCATA DE ALEGRIA TRANSPARENTE
A CORRER PURA E LEVE PARA O MAR

O NOSSO RIO VEM NO MAPA DA MEMÓRIA
É UMA HISTÓRIA
UM TESOURO A DEFINHAR

O NOSSO RIO DÁ-ME SEDES DE O SALVAR

André Moa





e...






ASAS
Para mi corazón basta tu pecho,
para tu libertad bastan mis alas.
Desde mi boca llegará hasta el cielo lo que estaba dormido sobre tu alma.
Es en tí la ilusión de cada día.
Llegas como el rocío a las corolas.
Socavas el horizonte con tu ausencia.
Eternamente en fuga como la ola.
He dicho que cantabas en el viento como los pinos y como los mástiles.
Como ellos eres alta y taciturna.
Y entristeces de pronto... como un viaje.
Acogedora como un viejo camino.
Te pueblan ecos y voces nostálgicas.
Yo desperté y a veces emigran y huyen pájaros que dormían en tu alma.



Gostava de saber expressar-me como eles...
Beijinhos a todos,
Dad

EMPRÉSTIMO BANCÁRIO (a história original)



Um advogado de nome Barack Hussein Obama II, na época, 1995,
líder comunitário, membro fundador da mesa diretora da organização
sem fins lucrativos Public Allies, membro da mesa diretora da fundação
filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de direitos
civis e professor de direito constitucional na escola de direito da
Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e atual presidente dos
Estados Unidos da América) numa certa ocasião pediu um empréstimo
em nome de um cliente que perdera sua casa num furacão e queria
reconstruí-la.
Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele
pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da
propriedade que estava a ser oferecida como garantia.
O advogado Obama levou três meses para seguir a pista do título de
propriedade datado de 1803.
Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte
resposta:
"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi
apresentada uma certidão do registro predial.
Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso
salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803.
Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo
com o registo anterior a essa data."
Irritado, o advogado Obama respondeu da seguinte forma:
"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156.
Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de
propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registro.
De fato, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade
neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da
propriedade, não soubesse que a Luisiana foi comprada, pelos EUA à
França, em 1803.
Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco,
informamos que o título da terra da Luisiana, antes dos EUA terem a
sua propriedade, foi obtido a partir da França, que a tinha adquirido por
direito de conquista da Espanha.
A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no
ano 1492 por um navegador e explorador dos mares chamado
Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha de um navegador de
nome Perestrelo.
Este Colombo era pessoa respeitada por reis e papas e até ouso
aconselhar-vos a ler sua biografia para avaliar a seriedade de seus
feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em
Gênova, uma cidade que naquela época era governada por
mercadores e banqueiros, conquistada por Napoleão Bonaparte em
1797 e atualmente parte da Região da Ligúria, República Italiana.
A ele, Colombo, havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova
rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha.
A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa
com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução
de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as
suas jóias para financiar a expedição de Colombo.
Presentemente, o Papa – isso, temos a certeza de que os senhores
sabem -é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus -é
comumente aceito -criou este mundo a partir do nada com as palavras
Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a luz", em língua latina.
Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor
da região chamada Luisiana por que antes, nada havia.
Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens
remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o
Banco também.
Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam
encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.
Senhores, se perdurar algumas dúvidas quanto a origem e feitos do
descobridor destas terras, posso adiantar-lhes que desta dúvida,
certeza mesmo, só Deus a terá por que Inúmeros historiadores e
investigadores, concluíram baseados em documentos que, Cristóvão
Colombo, nasceu em Cuba (Portugal) e, não em Gênova (Itália), como
está oficializado:
Segundo eles,
Em primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador
Gonçalves Zarco, escolheu para persuadir os Reis Católicos de
Espanha, a financiar-lhe a viagem à Rota das Índias, pelo Ocidente,
escondendo assim a sua verdadeira identidade.
Segundo, este pseudônimo não aparece por acaso, porque Cristóvão
está associado a São Cristóvão, que é o protetor dos Viajantes (existe
inclusive uma ilha batizada de São Cristóvão).
Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé, por onde
anda, acresce que Cristo, está associado a Salvador (1º nome
verdadeiro do ilustre navegador).
Colon, porque é a abreviatura de colono e derivado do símbolo das
suas assinaturas"." ( Duas aspas, com dois pontos no meio).
Terceiro, Salvador Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado,
nasceu em Cuba ( Portugal) e, é filho ilegítimo do Duque de Beja e de
Isabel Gonçalves Zarco.
Quarto, era prática usual na época, os navegadores darem às
primeiras terras descobertas, nomes religiosos, no caso dele, foi São
Salvador (Bahamas), por coincidência ou talvez não, deriva do seu
primeiro nome verdadeiro, a segunda batizou de Cuba (Terra Natal) e,
seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque
estava ao serviço da Coroa Espanhola.
Quinto, a "paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco,
nomeadamente em, João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto
Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira e da Ilha da Madeira (1419),
com o sogro de "Christovam Colon", Bartolomeu Perestrelo.
Por fim, em sexto, existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba
(além da mencionada Cuba; São Vicente, na época existia a Capela de
São Vicente, da então aldeia de Cuba).
Posteriormente (Sec-XVI), foi edificada a atual Igreja Matriz de São
Vicente.
São coincidências (pseudônimo, nome das ilhas, família nobre e ligada
ao mar, habitou e casou em Porto Santo, ilha que fica na Rota das
Índias pelo Ocidente), mais do que suficientes, para estarmos em
presença de Salvador Gonçalves Zarco e, conseqüentemente do
português Christovam Colon.
Christovam Colon, morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os
seus ossos sido transladados, para Sevilha em 1509, contudo em
1544, foram para a Catedral de São Domingos, na época colônia
espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado
navegador.
A odisséia das ossadas não ficaria por aqui, porque em 1795, os
espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido
transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da
independência daquela ilha, sido depositados na Catedral de Sevilha.
Coincidência ou não, em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a
Catedral de São Domingos, encontraram um pequeno túmulo, com
ossos e intitulado “Almirante Christovam Colon".
Existem na Ilha da Madeira e nos Açores, pessoas da famílias Zarco,
descendentes diretos de João Gonçalves Zarco e, conseqüentemente
da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de Christovam Colon, disponíveis
para darem uma amostra do seu cabelo aos cientistas, para analisar o
seu DNA e, para comparar os seus resultados nas ossadas do
navegador, se, efetivamente forem as pretensões deste Banco para
certificar-se da origem do navegador.
Quanto a Deus, ainda não tenho sua biografia, somente sei que caso a
conseguisse, até o maior e mais potente computador do planeta não
seria suficiente para comportar um resumo do resumo da mesma, por
isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por serem
banqueiros e, portanto poderosos, tentem por vossos meios.
Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso
empréstimo? "
Barack Hussein Obama II
Advogado


*O empréstimo, claro, foi concedido.*

segunda-feira, maio 09, 2011

Bonita, esta mensagem. Fez-me pensar...



Eu nunca trocaria os meus amigos surpreendentes,a minha vida maravilhosa,a minha amada familia por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim, e menos crítica de mim mesmo. Eu tornei-me a minha própria amiga .. Eu não me censuro por comer um bolinho extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. Eu tenho direito de ser desarrumada, de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai censurar –me se resolvo ficar lendo ou jogar no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 &70, e se eu, ao mesmo tempo, desejo de chorar por um amor perdido ... Eu vou.
Vou andar na praia com um maiô excessivamente esticado , e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecida. Mas há mais, alguns coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos, o meu coração foi quebrado. Como não pode quebrar o seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoada por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errada.
Assim, para responder à sua pergunta, eu gosto de ser velha. Ele me libertou. Eu gosto da pessoa que me tornei. Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que a nossa amizade nunca se separe porque é directo do coração!

sexta-feira, maio 06, 2011

Só os portugueses são capazes de brincar com a "desgraça " !!!!




José Sócrates, Obama e o Papa viajavam juntos no mesmo avião,
quando aparece numa das asas o Diabo com uma enorme serra e começa a
serrar a asa da aeronave.

Quando viram o Diabo ficaram apavorados, e Sócrates vira-se para o Obama:
- Obama, você que sabe falar e argumentar como ninguém, convença o
cornudo a parar com isso senão vamos cair e morrer todos!!!
Obama foi até lá, conversou... conversou... e nada do capeta parar...


Obama voltou e implorou ao Papa:

- Papa, só o senhor nos poderá salvar... Ele não quer nem conversa...
vai mesmo derrubar o avião !!!
O Papa foi até ao Diabo, usou de toda sua persuasão, argumentou o que
pôde... e nada... Desistiu, voltou e resumiu a conversa:


- Não sei o que fazer... Estamos perdidos... Vamos rezar!!!
Foi quando Sócrates se levantou e disse:
- Deixa comigo... Sou a última chance, vou tentar.
E lá foi ele falar com o Diabo. Mal trocaram duas palavras o Diabo
parou de serrar a asa do avião... e sumiu.
Obama e o Papa ficaram surpreendidos e perguntaram:
- O que é que você lhe disse?
- Companheiro... se eu morrer, vou formar governo no Inferno!

SER JOVEM NOS TEMPOS DE HOJE EM PORTUGAL - é triste mas tem muito de verdade...




“Se és um jovem português”
Atravessa a fronteira do teu País
E parte destemido
Na procura de um futuro com Futuro

Porque no teu País
A Educação é como uma licenciatura
Tirada sem mérito e sem trabalho
Arquitectada por amigos docentes
E abençoada numa manhã dominical

Porque no teu País
É mais importante a estatística dos números
Que a competência científica dos alunos
O que interessa é encher as universidades
Nem que seja de burros

Porque no teu País
A corrupção faz parte do jogo
Onde os jogadores e os árbitros
São carne do mesmo osso
E partilham o mesmo tempero

Porque no teu País
A justiça é ela própria uma injustiça
Porque serve quem é rico e influente
Com leis democraticamente pobres

Porque no teu País
As prisões não são para os ladrões ricos
Porque os ricos não são ladrões
Já que um desvio é diferente de um roubo

Porque no teu País
A Saúde é uma doença crónica
Onde, quem pouco tem
É sempre colocado na coluna da despesa

Porque no teu País
Se paga a quem nada faz
E se taxa a quem pouco aufere

Porque no teu País
A incompetência política
é definida como coragem patriótica

Porque no teu País
Um submarino é mais importante que tu
E o mar apenas serve para tomar banho
E pescar sardinhas

Porque no teu País
Um autarca condenado à prisão pela justiça
Pode continuar em funções em liberdade
Passeando e assobiando de mãos nos bolsos

Porque no teu País
Os manuais escolares são pagos
Enquanto a frota automóvel dos políticos
É topo de gama

Porque no teu País
Há reformas de duzentos euros
E acumulação de reformas de milhares deles

Porque no teu País
A universidade pública deixou cair a exigência
E as licenciaturas na privada
Tiram-se ao ritmo das chorudas mensalidades

Porque no teu País
Os governantes, na sua esmagadora maioria
Apenas possuem experiência partidária
Que os conduz pelas veredas do "sim ao chefe"

Porque no teu País
O que é falso, dito como verdade,
Sob Palavra de Honra !
São votos ganhos numa eleição

Porque no teu País
As falências são uma normalidade
O desemprego é galopante
A criminalidade assusta
O limiar da pobreza é gritante
E a venda de Porsches ... aumenta

Porque no teu País
Há esquadras da polícia em tal estado
Que os agentes se servem da casa de banho
Dos cafés mais próximos

Porque no teu País
Se oferecem computadores nas escolas
Apenas para compor as estatísticas
Do saber "faz de conta" em banda larga

Porque no teu País
Se os teus pais não forem ricos
Por mais que faças e labutes
Pouco vales sem um cartão partidário

Porque no teu País
Os governantes não taxam os bancos
Porque, quando saírem do governo
Serão eles que os empregam

Porque no teu País
És apenas mais um número
Onde o Primeiro-Ministro se chama Alice
Que vive no País das Maravilhas
Mesmo ao lado do teu.

Foge !
E não olhes para trás !"

quinta-feira, maio 05, 2011

SÓ VOS RESTA O TURISMO???



A crise bate forte e os políticos vêem-se forçados a poupar nas férias, trocando o hotel ou o aldeamento turístico pelo parque de campismo.
As situações multiplicam-se: enquanto Louçã e Bernardino Soares fazem um churrasco com Manuel Pinho, a ministra da saúde vacina Mário Lino,
e Oliveira e Costa espreita para fora das grades da sua roulotte.
(É o cartoon de António Martins, que já é um clássico !)

quarta-feira, maio 04, 2011

INJUSTIÇAS...




DOIS POMBOS, DEPOIS DE COMEREM NA MÃO DE UMA PESSOA,
LEVANTAM VÔO E DIZEM UM PARA O OUTRO:
- JÁ VISTE QUE NÓS ATÉ PARECEMOS POLÍTICOS?
- PORQUE DIZES ISSO?
- REPARA BEM: MENDIGAMOS MIGALHAS ÀS PESSOAS E UMA VEZ CAÁ NO ALTO…
CAGAMOS-LHES EM CIMA…!!!


terça-feira, maio 03, 2011

Haverá um dia em que todos voltaremos a ser felizes, quando :



OS SÓCRATES,
FOREM APENAS FILÓSOFOS
OS ALEGRES,
APENAS CRIANÇAS
OS CAVACOS,
APENAS INSTRUMENTOS MUSICAIS
OS SO ARES,
APENAS GASES
OS PASSOS,
APENAS OS DE DANÇA
OS COELHOS,
APENAS AS DA PLAYBOY
Até lá, ... paciência, muita paciência !

UMA BOA METÁFORA...






segunda-feira, maio 02, 2011

Artigo de Pedro Afonso - Médico psiquiatra



Não é todos os dias que nos deparamos na imprensa com um rasgo de
lucidez. Pena que sejam poucos os que vejam as coisas assim.... enfim
como elas são!

Podem ler porque não vão perder o vosso tempo


A saúde mental dos portugueses





Transcrição do artigo do médico psiquiatra Pedro Afonso, publicado no
Público, 2010-06-21



Alguns dedicam-se obsessivamente aos números e às estatísticas
esquecendo que a sociedade é feita de pessoas.

Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo
epidemiológico nacional de Saúde Mental, que Portugal é o país da
Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população. No
último ano, um em cada cinco portugueses sofreu de uma doença
psiquiátrica (23%) e quase metade (43%) já teve uma destas
perturbações durante a vida.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com
impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência,
urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das
crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens
infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos
dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos
os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na
escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos
terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade
de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural
que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos,
criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque, nos últimos quinze
anos, o divórcio quintuplicou, alcançando 60 divórcios por cada 100
casamentos (dados de 2008). As crises conjugais são também um reflexo
das crises sociais. Se não houver vínculos estáveis entre seres
humanos não existe uma sociedade forte, capaz de criar empresas
sólidas e fomentar a prosperidade. Enquanto o legislador se entretém
maquinal mente a produzir leis que entronizam o divórcio sem culpa,
deparo-me com mulheres compungidas, reféns do estado de alma dos
ex-cônjuges para lhes garantirem o pagamento da miserável pensão de
alimentos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez
mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família.
Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença
prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e
produtividade. Portanto é fácil perceber que, para quem perde cerca de
três horas nas deslocações diárias entre o trabalho, a escola e a
casa, seja difícil ter tempo para os filhos. Recordo o rosto de uma
mãe marejada de lágrimas e com o coração dilacerado por andar tão
cansada que quase se tornou impossível brincar com o seu filho de três
anos.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque a taxa de
desemprego em Portugal afecta mais de meio milhão de cidadãos. Tenho
presenciado muitos casos de homens e mulheres que, humilhados pela
falta de trabalho, se sentem rendidos e impotentes perante a maldição
da pobreza. Observo as suas mãos, calejadas pelo trabalho manual,
tornadas inúteis, segurando um papel encardido da Segurança Social.

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque é difícil aceitar
que alguém sobreviva dignamente com pouco mais de 600 euros por mês,
enquanto outros, sem mérito e trabalho, se dedicam impunemente à
actividade da pilhagem do erário público. Fito com assombro e
complacência os olhos de revolta daqueles que estão cansados de
escutar repetidamente que é necessário fazer mais sacrifícios quando
já há muito foram dizimados pela praga da miséria.

Finalmente, interessa-me a saúde mental de alguns portugueses com
responsabilidades governativas porque se dedicam obsessivamente aos
números e às estatísticas esquecendo que a sociedade é feita de
pessoas. Entretanto, com a sua displicência e inépcia, construíram um
mecanismo oleado que vai inexoravelmente triturando as mentes sãs de
um povo, criando condições sociais que favorecem uma decadência
neuronal colectiva, multiplicando, deste modo, as doenças mentais.

E hesito em prescrever antidepressivos e ansiolíticos a quem tem o
estômago vazio e a cabeça cheia de promessas de uma justiça que se
há-de concretizar; e luto contra o demónio do desespero, mas sinto uma
inquietação culposa diante destes rostos que me visitam diariamente.

Pedro Afonso