segunda-feira, agosto 22, 2005

SERÁ QUE ESTE ESTUDO ESTÁ CERTO?

Portugal é o país mais infeliz da UE a 15

Portugal é o país com a menor taxa de felicidade entre os 15 países que formavam a União Europeia (UE) antes do último alargamento, indica um estudo agora divulgado.
O estudo, intitulado «O que Compra a Felicidade?», foi publicado agora pelo Instituto Alemão de Estudo do Trabalho (IZA), sedeado em Bona, e é da autoria de Christian Bornskov, Nabanita Datta Gupta e Peder Pedersen.
A análise assentou nos inquéritos promovidos pelo Eurobarómetro, o serviço da Comissão Europeia de análise da opinião pública, entre 1973 e 2002, junto de Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Portugal, Reino Unido e Suécia.
Os autores fizeram a média das respostas à pergunta «Como classifica em geral a sua satisfação com a vida que leva?», que consta do inquérito, que dá quatro possibilidades de resposta: muito satisfeito, que é quantificado em 4, satisfeito (3), pouco satisfeito (2), nada satisfeito (1).
Portugal surge em último lugar com uma média de 2,52 enquanto os dinamarqueses apresentam o valor mais elevado com 3,61. Mais de metade da amostra situa-se acima dos 3 pontos.
A seguir à Dinamarca surgem, por ordem decrescente, Suécia, Luxemburgo, Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, Finlândia e Áustria. Na metade inferior aparecem, também por ordem decrescente, Espanha, Alemanha, Bélgica, Itália, França e Grécia.
A análise da tendência do «bem-estar subjectivo», como é classificado, em 15 países europeus, entre 1973 e 2002, conclui que uma das principais explicações dos resultados está na comparação do crescimento do produto interno bruto (PIB) no momento da resposta com o crescimento verificado no passado recente.
Também com um forte peso explicativo está o crescimento da esperança de vida. Ao contrário, o crescimento da taxa de desemprego só aparece com significado quando é aferida pela ideologia do votante médio.
Os autores salientam que a tese dominante de que maiores rendimentos conduzem a maior felicidade só se tem comprovado em alguns períodos de tempo dentro de alguns países, e não para o conjunto dos países com rendimentos mais elevados.
Este «paradoxo», como dizem, é explicado com as comparações relativas que os indivíduos fazem com os seus pares ou vizinhos ou com o aumento das suas expectativas quanto a futuros aumentos de rendimento à medida que este aumenta.


Diário Digital / Lusa
22-08-2005 19:21:00

5 comentários:

margusta disse...

Meu Deus que lindo comentário me deixas-te..adorei.

Dad são só estatisticas........olha quanto á felecidade..essa não existe.Existem sim momentos felizes, e quando temos desses momentos devemos aproveita-los ao maximo.
Beijinhos e fica bem.

Dad disse...

Margusta.
Aqui trata-se de um problema colectivo e é grave. porque se nos sentimos sem auto-estima somos incapazes de reagir positivamente às adversidades. Quanto à felicidade individual, eu acredito que ela existe, cada dia que passa desde que não a façamos depender dos outros. Dentro de nós está a capacidade de ser felizes, só que a maior parte das pessoas vê tudo cinzento em vez de ver o SOL!
Olha sempre o Sol Margusta e olha à tua volta e procura dar aos "infelizes" a outra visão do lado positivo da vida.
Bjito,

margusta disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
margusta disse...

Dad, hoje é daqueles dias em que me sinto sem pachorra para nada ...até para a net.Mas resolvi passar por aqui e achei linda esta mensagem que me deixas-te.
Obrigada....vou olhar sempre o Sol, e que te sintas sempre iluminado tambem.
Beijinhos

Anónimo disse...

Nós já temos uma propensão para o Fado, para a desgraça, para o pessimismo, mas agora, infelizmente, temos razões para acreditar que começa a haver uma depressão colectiva. Tá complicado mêmo, meu bem!