UM ESPAÇO DEDICADO À PINTURA E À ESCRITA ESPAÇO DE PARTILHA COM TODOS OS MEUS AMIGOS DE TODOS OS CANTOS DESTA NOSSA TERRA, DIGO, PLANETA TERRA, POIS, POR ENQUANTO, AINDA SÓ SONHO COM AS OUTRAS GALÁXIAS...E FICO COM OS PÉS FIRMES POR AQUI...
sábado, março 27, 2010
A uma mulher
A Uma Mulher
Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito sobre o teu peito
Estavas trémula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angustia do regresso morava já nos teus olhos
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido
Mas quando os meus lábios tocaram os teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.
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2 comentários:
A uma mulher, mas não a uma mulher qualquer. A uma mulher bela, para quem a amou. Mas que viveu uma vida feliz, por ter sido amada, mas plena de dor. Que só encontrou a ausência do sofrimento e a serenidade, quando morreu.
É o fardo da carne ou a injustiça divina?
Bjs para a Maria da Piedade (bonito nome).
Para o Paixão Lima:
Muito obrigada pelo seu comentário, muito bonito e muito obrigada pela observação que faz ao meu nome. Eu, nem por isso o acho muito bonito!
Beijinho grande,
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