Escreve a Mãe de Paulo Portas
Escreve a mãe de Paulo Portas, Helena Sacadura Cabral :Ontem tive o azar de apanhar o PM do país onde nasci, a explicar das suas razões para uma mais que certa retroactividade de cortes aos pensionistas "que estão a receber"(sic)Fui educada numa família de gente séria que trabalhava para sustentar os seus e que considerava ser essa a obrigação de todos aqueles que tinham decidido constitui-la.Trabalho para viver do modo que sempre vivi, pois a reforma que recebo e o que este Estado me tira - estou a ser educada - não me permitiriam viver apenas dela. E tenho a sorte de ainda haver quem prefira comprar um livro meu a uma camisola básica. Essa é que é essa.Dito isto, desliguei a televisão irritadíssima. Pronunciei alto umas palavras que não costumo usar e deitei-me. Tive uma noite de insónia, revoltada com o que ouvira e decidi que ninguém me poria a vista em cima neste fim de semana. Era a minha única forma de evitar eventuais desaguisados.Hoje levantei-me e fui à missa pela minha Mãe, que faria anos se fosse viva. E sabem que mais? Fui comer sardinhas assadas lá para as bandas do Tejo, beber sangria e caminhar ao sol. DesanuvieiO Dr Gaspar e a reforma do Estado podem levar-me a pensão, podem levar-me o pouco que tenho no banco para uma doença, mas não hão-de conseguir nem levar-me a voz, nem levar-me a alegria de estar viva. Porque eu não quero e porque eu não deixo!
2 comentários:
Tem toda a razão, D. Helena e subscrevo tudo o que afirma.
Sugeria até que, em consonância, usasse de toda a sua influência de Mãe junto do seu filho Paulo, por forma a que este provocasse a queda deste governo assassino.
Seria uma boa ação...
Muito bem Dra. Helena Sacadura Cabral! Subscrevo o comentário que o Leitor acima escreveu.
Um beijinho
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