Angélico Vieira não resistiu ao brutal acidente de viação que sofreu e acabou de falecer. A geração “Morangos com Açúcar” já tem o seu mártir.
Para o caso não interessa nada que o carro circulasse na via pública sem seguro, ou que a maioria dos ocupantes não tivesse colocado o cinto de segurança.
Também parece não interessar a ninguém saber a que velocidade ia a viatura ou se condutor apresentava excesso de álcool ou drogas no sangue. Ninguém falou disso. A comunicação social em peso preferiu a exploração do efeito emocional e ficou por aí.
Mais ou menos na mesma altura morreu o empresário Salvador Caetano. É verdade que o senhor tinha 85 anos e estava doente, mas a histeria mediática à volta do desaparecimento do jovem artista Angélico Vieira, por contraste com a discrição da notícia da morte do empresário nos órgãos de informação dá-nos um excelente retrato da ordem de valores da sociedade actual.
Por aqui se vê que um jovem cantor e actor é muito mais importante do que um homem que subiu na vida a pulso, construiu um império industrial, contribuiu para a produção da riqueza nacional e deu emprego a milhares de pessoas.
Por aqui se vê que para muita gente é mais importante uma novela de duvidosa qualidade, com adolescentes, do que construir fábricas, criar empregos no país e dar pão a inúmeras famílias.
Apesar de tudo entendo muito bem a reacção dos adolescentes neste caso. A culpa desta inversão de valores nem sequer é deles. É da geração anterior, dos pais, que os educaram assim. Para a diversão e não para o trabalho.
Para o caso não interessa nada que o carro circulasse na via pública sem seguro, ou que a maioria dos ocupantes não tivesse colocado o cinto de segurança.
Também parece não interessar a ninguém saber a que velocidade ia a viatura ou se condutor apresentava excesso de álcool ou drogas no sangue. Ninguém falou disso. A comunicação social em peso preferiu a exploração do efeito emocional e ficou por aí.
Mais ou menos na mesma altura morreu o empresário Salvador Caetano. É verdade que o senhor tinha 85 anos e estava doente, mas a histeria mediática à volta do desaparecimento do jovem artista Angélico Vieira, por contraste com a discrição da notícia da morte do empresário nos órgãos de informação dá-nos um excelente retrato da ordem de valores da sociedade actual.
Por aqui se vê que um jovem cantor e actor é muito mais importante do que um homem que subiu na vida a pulso, construiu um império industrial, contribuiu para a produção da riqueza nacional e deu emprego a milhares de pessoas.
Por aqui se vê que para muita gente é mais importante uma novela de duvidosa qualidade, com adolescentes, do que construir fábricas, criar empregos no país e dar pão a inúmeras famílias.
Apesar de tudo entendo muito bem a reacção dos adolescentes neste caso. A culpa desta inversão de valores nem sequer é deles. É da geração anterior, dos pais, que os educaram assim. Para a diversão e não para o trabalho.
2 comentários:
Exactamente,estamos no tempo das noitadas sem preocupação de chegar a tempo ao trabalho depois de umas boas horas de sono reparador...basta que se apareça, se tome o cafézito antes, se volte a tomar outro dali a nada e se faça greve porque isto porque aquilo e mai nada...esta geração de desempregados tem sempre desculpas e curtem as ditas nas tais discotecas e bares e o que conta é a música, malhação, curtição e tá feito..Os pais que se lixem... graças a Deus que tenho filhos responsáveis, o mais velho formado como Técnico de Radiologia nunca conseguiu emprego (os concursos que mostram nos jornais é tudo fraudulento para Inglês ver) já que os que lá estão a trabalhar, Hospitais e clinicas é tudo à cunha...aqui em Braga é o que se vê...mas ele trabalha em cafés, bares e até a limpar terrenos de moto serra e por aí fora, sujeita-se a tudo para conseguir sobreviver... Pois não tem pais que os sustentem... nem querem... Enfim, geração mal aproveitada é o que é.
Um beijinho.
laura
DAD
O sadismo mediático não se comove com valores.
As medalhas são concedidas a medianos. Aos verdadeiros merecedores, cabe-lhes a sombra.
Andamos a criar monstros da informação/desinformação, por isso, nem que gritemos bem alto, se não houver um rio de sangue, nada acontece ou aconteceu.
SOL
Enviar um comentário