sábado, janeiro 05, 2008

Prenúncio de tempestade

Neste suave recanto onde descanso
Neste pôr de sol, de nuvens resguardado,
Nem sei se é encanto,
Se é espanto,
Sentir-me assim,
Vestida de sol enluarado.

Espreito pla janela do meu quarto
Vejo nuvens pressagiando a tempestade,
Olhar de espanto quanto olho,
Vestida deste sol enluarado…

Já as gaivotas em terra anunciam,
Tempestade no mar…
Solto as amarras, solto o meu navio,
As brumas envolvem as amarras,
Está frio…
E eu ali, vestida de tempestade,
Olho mais uma vez
Esse sol enluarado…

E aconchego-me neste recanto,
Ainda sossegado…

11 comentários:

Osvaldo disse...

Obrigado,Dad, pelo teu apoio e palavras de incentivo.
Confesso que quando decidi criar o "Le Chemin du Retour", um blog muito modesto, foi quando te senti um pouco desanimada nas minhas visitas ao teu blog e quando pediste um tempo de reflexão. Fez-te bem a curta pausa porque assim voltaste com mais força e novas ideias.
Um beijão da Ana e Osvaldo

Unknown disse...

Olá amigo adorei o poema. Bj

Amita disse...

Regressando lentamente, encontro este teu lindo poema Dad.
Agradeço-te as palavras e, como nunca é tarde, desejo-te um 2008 pleno de realizaçoes e que a vida te sorria.
Um bjinho grande

augustoM disse...

Um Bom Ano sem tempestades.
Um beijo. Augusto

Ceci disse...

olá, vim guiada pela Coletiva Direitos Humanos. Que bom encontrei uma artista das cores e palavras. Obrigada pela pintura para olhos e alma. Abraços

maria disse...

ola professora de blog, continuo agradecida pelos ensinamentos
Fáfá

Unknown disse...

Então não sai post?

Anónimo disse...

Bonito! estou satisfeita por teres voltado. Beijinhos muitos


Zézé

Je Vois La Vie en Vert disse...

Proteja-se da tempestade mas não fique no seu recanto sozinha. Quando ela passar, não ligue às intempérias nem às mudanças de temperaturas, sai para ver o sol a brilhar cantando Laudate Dominum com os amigos. A vida é tão curta, temos que aproveitar todos os bocadinhos que nos são oferecidos. "Le bonheur c'est profiter du temps présent car hier n'existe plus et demain n'existe pas encore"
Com amizade e saudades,
Beijinhos cheios de esperança de voltar a vê-la em breve.
La Vie en Vert

Anónimo disse...

Olha amiga acho que este meu poema se enquadra no teu vestido de sol enluarado.
Despojos do Sonho

Despojos na praia...
Pés marcados na areia molhada;
Milhares de pegadas deixadas p'las gaivotas;
Que no seu grasnar e guinchar constante;
Nos dão a sensação de lhes estarmos a
invadir o seu território.
Despojos na praia...
Seda branca saindo de entre a areia macia;
Gruta de Amor que o mar invade na maré cheia;
Odor almiscarado de dois corpos que se amaram e que se confunde com o bravo cheiro do mar salgado.
Ondas alterosas que vindes apagar;
Os vestígios dos nossos corpos na areia.
Seda branca na areia...
A chuva que nos fustiga faz sobressair;
Os seus belos seios sob a blusa azul.
O vento levanta a areia e, com ela tenta
chicotear-nos;
Protejo-lhe o corpo com o meu corpo;
E, ambos nos amamos uma vez mais, como que a rirmo-nos da tempestade.
O nosso grito de amor sobrepõe-se aos
Elementos.
O mar recua, e a tempestade amaina.
Quem são estes que se amam sobe a nossa Ira?, Perguntam o mar e o vento!
Respiramos fundo, e golfadas de liberdade;
Roubadas ao mar e ao vento, penetram em;
Nossos pulmões, dando-nos a sensação de sermos Nós.
Toda a mágica do Real se foi.
Ficou na memória viva o Irreal Real;
Que nos dá força para vencer.
Loucura amiga e minha única companheira.

Anónimo disse...

belas palavras.
bom ano para vc.
bjs.