UM ESPAÇO DEDICADO À PINTURA E À ESCRITA ESPAÇO DE PARTILHA COM TODOS OS MEUS AMIGOS DE TODOS OS CANTOS DESTA NOSSA TERRA, DIGO, PLANETA TERRA, POIS, POR ENQUANTO, AINDA SÓ SONHO COM AS OUTRAS GALÁXIAS...E FICO COM OS PÉS FIRMES POR AQUI...
segunda-feira, outubro 23, 2006
Todas as cartas de amor são ridículas.
Porque se não fossem ridículas,
Não seriam cartas de amor.
Fernando Pessoa
Apertavas-me com beijos
Segredavas-me ao ouvido
Aconchegavas-te a mim
Despertavas os desejos,
Quero encontrar-te aqui, ali e acolá
Com todos os sentidos te procuro
Na ilusão da noite te procuro…
Junto ao mar, como gaivota, ouço os teus ais...
Nas ondas do meu mar… os teus sinais…
Para quando esses dias de ternura,
Da lembrança do que não morreu?
Para quando encontrar-te numa esquina?
Olhar para ti e sentir-me uma menina,
Apertares-me nos braços,
Segredares-me ao ouvido
O que eu quero ouvir.
E, por fim…
Deixares-me adormecer?
quarta-feira, outubro 11, 2006
O amor nasceu ali,
naquele lugar perdido
de todo o pensamento de ternura.
Entre cactos e cepas e trigo não ceifado,
na lua vista ao longe, no céu enluarado,
o olhar desse amor na seara deserta
abriu-nos os seus braços
de alegria e cansaços...
E cegos do enleio desse trigo maduro
sedentos desse mosto que o amor produz
unimos as nossas almas e os corpos também,
sorvemos desse vinho que no amor vem.
E no abraço súbito da branda loucura,
pensámos em fontes, em água tão pura
nunca vislumbrada... que a sede era tanta...
de todo o pensamento de ternura.
Entre cactos e cepas e trigo não ceifado,
na lua vista ao longe, no céu enluarado,
o olhar desse amor na seara deserta
abriu-nos os seus braços
de alegria e cansaços...
E cegos do enleio desse trigo maduro
sedentos desse mosto que o amor produz
unimos as nossas almas e os corpos também,
sorvemos desse vinho que no amor vem.
E no abraço súbito da branda loucura,
pensámos em fontes, em água tão pura
nunca vislumbrada... que a sede era tanta...
A fonte é distante, longe na paisagem...
A fonte para nós, amor,
É pura miragem!!!
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