Se os animais se entendem, porque é que a Humanidade não pode entender-se???
UM ESPAÇO DEDICADO À PINTURA E À ESCRITA ESPAÇO DE PARTILHA COM TODOS OS MEUS AMIGOS DE TODOS OS CANTOS DESTA NOSSA TERRA, DIGO, PLANETA TERRA, POIS, POR ENQUANTO, AINDA SÓ SONHO COM AS OUTRAS GALÁXIAS...E FICO COM OS PÉS FIRMES POR AQUI...
quarta-feira, maio 28, 2008
segunda-feira, maio 26, 2008
O novo livro do Jorge Castro
O Jorge Castro, amigo de muitos de nós, dono do blog SETE MARES, poeta, animador cultural e acima de tudo uma excelente pessoa, vai lançar um novo livro de poemas.
Tenho muito prazer em deixar aqui o seu convite, esperando que muitos de vós possam estar presentes neste lançamento pois certamente vão assistir a um excelente momento de bem dizer a língua portuguesa.
Então ele convida assim:
Farândola do Solstício
- memórias de infância por terras de Miranda -
Convite
Dia 31 de Maio, sábado, às 15h30,no Museu da Electricidade (entrada poente),em Belém, Lisboa,será apresentado o meu mais recente livro,Farândola do Solstício- memórias de infância por terras de Miranda. Se quiserem mais informações. poderão obtê-las
AQUI
Sejam bem vindos!
Tenho muito prazer em deixar aqui o seu convite, esperando que muitos de vós possam estar presentes neste lançamento pois certamente vão assistir a um excelente momento de bem dizer a língua portuguesa.
Então ele convida assim:
Farândola do Solstício
- memórias de infância por terras de Miranda -
Convite
Dia 31 de Maio, sábado, às 15h30,no Museu da Electricidade (entrada poente),em Belém, Lisboa,será apresentado o meu mais recente livro,Farândola do Solstício- memórias de infância por terras de Miranda. Se quiserem mais informações. poderão obtê-las
AQUI
Sejam bem vindos!
Lembrando Vinicios de Morais
Operário em construção
Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as asas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.
De facto como podia
Um operário em construção
Compreender porque um tijolo
Valia mais do que um pão ?
Tijolo ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia,
Com suor e com cimento,
Erguendo uma casa aqui,
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse eventualmente
Um operário em construção.
Mas ele desconhecia
Esse facto extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia,
À mesa ao cortar o pão,
O operário foi tomado
De uma subita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
- Garrafa, prato, facão
Era ele quem fazia
Ele, um humilde operário
Um operário em construção.
Olhou em torno:
a gamela,
banco,
enxerga,
caldeirão,
Vidro,
parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo
o que existia
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
- Exercer a profissão -
Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria,
Sua rude
mão de operário,
De operário em construção
E, olhando bem para ela
Teve num segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.
Foi dentro dessa compreensão
Desse instante solitário
Que, tal como a sua construção
Cresceu também o operário
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão,
Pois além do que sabia
- Exercer a profissão-
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
E um facto novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.
E foi assim que o operário
Do edificio em construção
Que sempre dizia “sim”
Começou a dizer “Não”
E aprendeu a notar coisas
A que não dava atenção:
Notou que sua marmita,
Era o prato do patrão
Que a sua cerveja preta
Era o uisque do patrão
Que o seu macacão de zuzarte
Era o terno do patrão
Que o casebre onde morava
Era a mansão do patrão
Que seus dois pés andarilhos
Eram as rodas do patrão
Que a dureza do seu dia
Era a noite do patrão
Que a sua imensa fadiga
Era amiga do patrão
E o operário disse: Não !
E o operário fez-se forte
Na sua resolução
Como era de se esperar
As bocas da delacção
Começaram a dizer coisas
Mas o patrão não queria
Nenhuma preocupação.
“Convençam-no do contrárioDisse ele sobre o operário.
E ao dizer isto sorria.
Dia seguinte o operário
Ao sair da construção
Viu-se de subito cercado
Dos homens da delacção
E sofreu por destinado
Sua primeira agressão.
Teve seu rosto cuspido
Teve seu braço quebrado
Mas quando foi perguntado
O operário disse: Não !
Em vão sofrera o operário
Sua primeira agressão
Muitas outras se seguiram
Muitas outras seguirão
Porém, por imprescindivel
Ao edifício em construção
Seu trabalho prosseguia
E todo o seu sofrimento
Misturava-se ao cimento
Da construção que crescia.
Sentindo que a violência
Não dobraria o operário
Um dia tentou o patrão
Dobrá-lo de modo contrário
De sorte que o foi levando
Ao alto da construção
E num momento de tempo
Mostrou-lhe toda a região
E apontando-a ao operário
Fez-lhe esta declaração:
- Dar-te-ei todo esse poder
E sua satisfação
Porque a mim me foi entregue
e dou-o a quem quizer.
Dou-te tempo de lazer,
Dou-te tempo de mulher
Portanto, tudo o que vês
Será teu se me adorares
E, ainda mais, se abandonares
O que te faz dizer não.
Disse e fitou o operário
Que olhava e reflectia
Mas, o que via o operário
O patrão nunca veria
O operário viu casas
E dentro das estruturas
Via coisas, objectos
Produtos, manufacturas.
Via tudo o que fazia
O lucro do seu patrão
E em cada coisa que via
Misteriosamente havia
A marca da sua mão.
E o operário disse:
Não !
- Loucura! – gritou o patrão
Não vês o que te dou eu ?
- Mentira ! – disse o operário
Não podes dar-me o que é meu
E um grande silêncio fez-se
Dentro do seu coração
Um silêncio de martírios
Um silêncio de prisão.
Um silêncio povoado
De pedidos de perdão
Um silêncio apavorado
Com o medo da solidão
Um silêncio de torturas
E gritos de maldição
Um silêncio de fracturas
A se arrastarem no chão
E o operário ouviu a voz
De todos os seus irmãos
Por outros que viverão
Uma esperança sincera
Cresceu no seu coração
E dentro da tarde mansa
Agigantou-se a razão
De um homem pobre e esquecido
Razão porém que fizera
Em operário construido
O operário em construção.
(Vinícios de Morais)
sábado, maio 24, 2008
Vale a pena escutar com atenção...
Por estas e por outras se vê como, às vezes,
a(pseudo) crítica de arte funciona...
Neste caso, não são precisas palavras porque
as imagens mostram tudo...
Poema para o fim de semana...
Trespasse
Quem tiver sonhos,
guarde-os bem fechados
com naftalina — num baú inútil.
Por mim abdico desses vãos cuidados.
Deixai-me ser liricamente fútil!
Estou resolvido.
Vou abrir falência.
(Bandeira rubra desfraldada ao vento: "Hoje, leilão!")
quinta-feira, maio 15, 2008
PEDE-SE QUE DIVULGUEM NOS VOSSOS BLOGS
Quinta-feira, 15 de Maio de 2008
Num tempo em que em Portugal tanto se fala de liberdade religiosa e andamos a promover o Diálogo inter-religioso, o que se passa no Irão?
Novas detenções no Irão: A lembrar os anos sombrios…
Seis dos sete membros do conselho informal que coordena as actividades da Comunidade Bahá’í no Irão (na ausência de uma Administração Bahá’í formal) foram detidos às primeiras horas do dia 14 de Maio. Segundo a informação divulgada pela Casa Universal de Justiça, funcionários do Ministério da Segurança em Teerão, entraram nas residências dos bahá’ís, procederam a buscas intensas, e posteriormente levaram os crentes para a tristemente famosa prisão de Evin, em Teerão.
Notícia completa no
Novas detenções no Irão: A lembrar os anos sombrios…
Seis dos sete membros do conselho informal que coordena as actividades da Comunidade Bahá’í no Irão (na ausência de uma Administração Bahá’í formal) foram detidos às primeiras horas do dia 14 de Maio. Segundo a informação divulgada pela Casa Universal de Justiça, funcionários do Ministério da Segurança em Teerão, entraram nas residências dos bahá’ís, procederam a buscas intensas, e posteriormente levaram os crentes para a tristemente famosa prisão de Evin, em Teerão.
Notícia completa no
quarta-feira, maio 14, 2008
quarta-feira, maio 07, 2008
Estou contigo em Rockland...
Carl Solomon! Estou contigo em Rockland
Onde estás mais louco do que eu…
Estou contigo em Rockland
Onde deves sentir-se muito estranho…
Estou contigo em Rockland
Onde imitas a sombra da minha mãe…
Estou contigo em Rockland
Onde assassinaste as tuas doze secretárias…
Estou contigo em Rockland
Onde te ris com o teu humor invisivel…
Estou contigo em Rockland
Onde somos grandes escritores na mesma terrivel máquina de escrever…
Estou contigo em Rockland
Onde o teu estado é grave e foi anunciado na rádio…
Estou contigo em Rockland
Onde as faculdades do crâneo não admitem o acerto dos sentidos…
Estou contigo em Rockland
Onde bebes o chá, pelos seios das solteironas de Utica…
Estou contigo em Rockland
Onde tu fazes escárneo dos corpos das tuas enfermeiras, como se fossem os das harpias do Bronx…
Estou contigo em Rockland
Onde gritas numa camisa de forças, já que estás perdendo o ping-pong actual do abismo…
Estou contigo em Rockland
Onde golpeias, no piano catatónico da tua alma, que é inocente e imortal e não deveria morrer nunca, sem glória, num asilo…
Estou contigo em Rockland
Onde cinquenta eletrochoques suplementares nunca restituirão a tua alma ao seu Corpo, na sua peregrinação, senão a uma cruz no vazio…
Estou contigo em Rockland
Onde acusas os teus médicos de loucura e levantas a revolução socialista dos hebreus contra o Gólgota nacional fascista…
Estou contigo em Rockland
Onde quebrarás os céus de Long Island e ressucitarás o teu Jesús, humano vivo, da tumba sobre-humana….
Estou contigo em Rockland
Onde há vinte e cinco mil camaradas loucos, cantando todos juntos as estrofes finais da Internacional…
Estou contigo em Rockland
Onde abraçamos e beijamos os Estados Unidos debaixo dos nossos lençois, os Estados Unidos que tossem toda a noite e não nos deixam dormir…
Estou contigo em Rockland
Onde despertamos electrocutados do coma, pelos aeroplanos das nossas próprias almas que rugem sobre a açoteia, que foram despejando bombas angelicais.
O hospital ilumina-se, derrubam-se muros imaginários ¡
Oh! Legiões fracas,desapareçam!
Legiões! Desapareçam!
Oh! Trauma estrelado de misericordia, a guerra eterna é aqui ¡
Oh! Vitória ¡ esquece a tua roupa interior!
Somos Livres!
Estou contigo em Rockland !
Nos meus sonhos, caminhas desesperadamente depois de navegar pela autoestrada, através da América,
chorando à porta da minha cabana, na noite do Ocidente…
(ALLEN GINSBERG)
Onde estás mais louco do que eu…
Estou contigo em Rockland
Onde deves sentir-se muito estranho…
Estou contigo em Rockland
Onde imitas a sombra da minha mãe…
Estou contigo em Rockland
Onde assassinaste as tuas doze secretárias…
Estou contigo em Rockland
Onde te ris com o teu humor invisivel…
Estou contigo em Rockland
Onde somos grandes escritores na mesma terrivel máquina de escrever…
Estou contigo em Rockland
Onde o teu estado é grave e foi anunciado na rádio…
Estou contigo em Rockland
Onde as faculdades do crâneo não admitem o acerto dos sentidos…
Estou contigo em Rockland
Onde bebes o chá, pelos seios das solteironas de Utica…
Estou contigo em Rockland
Onde tu fazes escárneo dos corpos das tuas enfermeiras, como se fossem os das harpias do Bronx…
Estou contigo em Rockland
Onde gritas numa camisa de forças, já que estás perdendo o ping-pong actual do abismo…
Estou contigo em Rockland
Onde golpeias, no piano catatónico da tua alma, que é inocente e imortal e não deveria morrer nunca, sem glória, num asilo…
Estou contigo em Rockland
Onde cinquenta eletrochoques suplementares nunca restituirão a tua alma ao seu Corpo, na sua peregrinação, senão a uma cruz no vazio…
Estou contigo em Rockland
Onde acusas os teus médicos de loucura e levantas a revolução socialista dos hebreus contra o Gólgota nacional fascista…
Estou contigo em Rockland
Onde quebrarás os céus de Long Island e ressucitarás o teu Jesús, humano vivo, da tumba sobre-humana….
Estou contigo em Rockland
Onde há vinte e cinco mil camaradas loucos, cantando todos juntos as estrofes finais da Internacional…
Estou contigo em Rockland
Onde abraçamos e beijamos os Estados Unidos debaixo dos nossos lençois, os Estados Unidos que tossem toda a noite e não nos deixam dormir…
Estou contigo em Rockland
Onde despertamos electrocutados do coma, pelos aeroplanos das nossas próprias almas que rugem sobre a açoteia, que foram despejando bombas angelicais.
O hospital ilumina-se, derrubam-se muros imaginários ¡
Oh! Legiões fracas,desapareçam!
Legiões! Desapareçam!
Oh! Trauma estrelado de misericordia, a guerra eterna é aqui ¡
Oh! Vitória ¡ esquece a tua roupa interior!
Somos Livres!
Estou contigo em Rockland !
Nos meus sonhos, caminhas desesperadamente depois de navegar pela autoestrada, através da América,
chorando à porta da minha cabana, na noite do Ocidente…
(ALLEN GINSBERG)
quinta-feira, maio 01, 2008
Que força é essa amigo?
Que te põe de bem com outros
e de mal contigo?
Que força é essa Amigo?...
Apesar dos tempos ruins que passamos
em termos de TRABALHO,
o meu voto vai para todos aqueles
que ainda acreditam que um dia
este mundo há-de mudar...
Um bom 1º de Maio para todos!
E, acima de tudo - Trabalho para todos!
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