sábado, março 31, 2007

Quando chegaste,
trazias contigo
A esperança de dias luminosos,
Noites cheias de perfumes
E viagens a países do sonho…

Quando chegaste,
Não era cedo…
Já tínhamos perdido os alvores da primavera
E súbitos verões ainda rossoavam
Em outonos que se adivinhavam.

Afinal, chegaste numa primavera
com sabor a Outono.
As folhas caídas chamaram-nos,
E subitamente, sem que déssemos por isso,
Aproximou-se o Inverno...
Mas não é que o Inverno
pode ser aconchegante e belo,
Se instalarmos uma primavera perene, dentro de nós?

11 comentários:

david santos disse...

Ola!
É verdade. As folahs caídas podem, são, um chamamento. E os humanos, como folhas que são, podem cair. Mas também podem chamar. Estou a pensar seriamente neste teu poema. Talvez, quem sabe, ele não me esteja a mostrar uma primavera, para a qual eu, como folha caída, ainda não tenha sido chamado.
EM RELAÇÃO AO JANTAR, VOU AGORA PARA LÁ VER ONDE É O LOCAL E SABER OS HORÁRIOS.
BOM FIM-DE-SEMANA

Maria Carvalho disse...

Gostei deste poema!! Beijos.

Pekena disse...

Este poema está muito bonito. É de ficar a pensar!

Kalinka disse...

DAD

BELÍSSIMO POEMA.
Profundo. Realista.

Recebe um abraço meu.

Hugo disse...

Coisas com um fim, que dão num principio melhor.
Basta acreditar.
Beijos. Está absorvente.

Menina Marota disse...

A Vida é uma Primavera que se renova, com tudo o que ela tem de bom e mau...

Gostei muito deste Poema... recordou-me a minha própria Vida, o que já não espero e o que ainda posso esperar...

Com um grande abraço deixo aqui este que também gosto muito...

"Namorou-se uma princesa
Dum pajem loiro e gentil;
Chama-se ela – Natureza,
Chama-se o pajem – Abril.

A Primavera opulenta,
Rica de cantos e cores,
Palpita, anseia, rebenta
Em cataclismos de flores.

(...)
Tudo ri e brilha e canta
Neste divino esplendor:
O orvalho, o néctar da planta
O aroma, a língua da flor.

Enroscam-se aos troncos nus
As verdes cobras da hera.
Radiosos vinhos de luz
Cintilam pela atmosfera.

Entre os loureiros das matas,
Que crescem para os heróis,
Dá o luar serenatas
Com bandas de rouxinóis.

É a terra um paraíso,
E o céu profundo lampeja
Com o inefável sorriso
Da noiva ao sair da igreja."


(Poema de Guerra Junqueiro
in Tesouro Poético para a Infância, antologia)

Unknown disse...

A Primavera anda com sabor a Outono...parece envergonhada...
o teu poema é um belo convite a que ela perca a vergonha.
um abraço
brisa de palavras
cambeia

eu... disse...

bigada pelo convite e pelo convite, em principio não vou poder ir
fica para a próxima
ps- adorei o teu blog
um beijão

pilar disse...

Adoro ver o seu blogue, gosto muito da pintura, dos poemas e da música!
Já sou fã!!!
Acho bem haver um núcleo de amigos blogueios que se encontrem num jantar. É bom conviver sobretudo quando há algo em comum, neste caso Blogger. Obrigada pelo convite, por enquanto não posso mas quem sabe um dia.
bjs

Anónimo disse...

Belo poema, com um sentido profundo.
Ainda bem que para si chegou novamente uma nova esperança de felicidade. Que ela se realize, são os votos da amiga,
Manuela

Anónimo disse...

Belo poema, com um sentido profundo.
Ainda bem que para si chegou novamente uma nova esperança de felicidade.
Que ela se realize, são os votos da amiga,
mt
beijos.