Hoje não vou falar mais.
Tudo o que dissesse,
pareceria uma prece
de pecador arrependido.
Trouxe comigo Satanás
para o meu céu sonhado
e ele fugiu, envergonhado
do anjo que sou e que serei,
apesar da gente que açoitei
e feri...
e agora chicoteado
pelo verdugo que sou
tenho saudades desse céu sonhado,
mas não deixarei de ir,
por onde vou!!!
(Ernesto Leandro)
4 comentários:
Este poema (lindissimo) é auto-flagelante de um mártir assumido...
Poema etufante que corta tais corais, a carne açoitada dos poetas ofegantes...
Bravo Dad, pelo post e parabéns ao autor (Ernesto Leandro) pelo poema duro mas leal.
Um abraço a todos da
Ana e Osvaldo
O poeta é um sofredor,
Finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
A dor que, deveras, sente...
Belo poema cheio de dor.
Parabéns ao seu amigo.
Belíssimo poema.
A dor que transparece é o nosso quotidiano colectivo.
Um excelente poema que senti aqui bem dentro de mim!!
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