terça-feira, julho 19, 2011

Á Bordalo...


Aparentemente a imagem anexa esteve na página oficial da Moodys hoje, quando se procurava pelo Rating de Portugal.
Pensa-se que Hackers Portugueses terão entrado na página deles e colocaram lá a imagem. Não sei por quanto tempo esteve disponível, mas alguém teve o cuidado de a gravar ...

quinta-feira, julho 14, 2011

APELO NACIONAL




DIVULGAR… Este Apelo Nacional!

Portugal Afundou... (!)

Queres que aconteça um milagre económico no nosso país?

Então deixa-te de seguir dissertações de economistas ao serviço de interesses, que
não os nossos! Não te deixes mais manipular pelo marketing!

Faz aquilo que os políticos, por razões óbvias, não te podem recomendar sequer, mas
que individualmente podes fazer:

Torna-te PROTECCIONISTA da nossa economia!

Para isso:

1. Experimenta comprar preferencialmente produtos fabricados em Portugal.
Experimenta começar pelas idas ao supermercado (carnes, peixe, legumes, bebidas,
conservas, preferencialmente, nacionais).

Experimenta trocar, temporariamente, a McDonalds, ou outra qualquer cadeia de
fast food, pela tradicional tasca portuguesa. Experimenta trocar a Coca-cola à
refeição, por uma água, um refrigerante, ou uma cerveja sem álcool, fabricada em
Portugal.

2. Adia por 6 meses a 1 ano todas as compras de produtos estrangeiros, que tenhas
planeado fazer, tais como automóveis, TV e outros electrodomésticos, produtos de
luxo, telemóveis, roupa e calçado de marcas importadas, férias fora do país, etc.,
etc...


Lê com atenção e reencaminha para que sejamos muitos a ter esta atitude!

Portugal afundou, somos enxovalhados diariamente por considerações e
comentários mais ou menos jocosos vindos de várias paragens, mas em particular
dos países mais ricos. Confundem o povo português com a classe política
incompetente e em muitos casos até corrupta que nos tem dirigido nos últimos anos
e se tem governado a si própria.

Olham-nos como um fardo pesado incapaz de recuperar e de traçar um rumo de
desenvolvimento.

Agora, mais do que lamentar a situação de falência a que Portugal chegou, e mais do
que procurarmos fuzilar os responsáveis e são muitos, cabe-nos dar a resposta ao
mundo mostrando de que fibra somos feitos para podermos recuperar a nossa auto-
estima e o nosso orgulho.

Nós seremos capazes de ultrapassar esta situação difícil. Vamos certamente dar o
nosso melhor para dar a volta por cima, mas há atitudes simples que podem fazer a
diferença.

O desafio é durante seis meses a um ano evitar comprar produtos fabricados fora
de Portugal. Fazer o esforço, em cada acto de compra, de verificar as etiquetas de
origem e rejeitar comprar o que não tenha sido produzido em Portugal, sempre que
existir alternativa.

Desta forma estaremos a substituir as importações que nos estão a arrastar para o
fundo e apresentaremos resultados surpreendentes a nível de indicadores de
crescimento económico e consequentemente de redução de desemprego. Há quem
afirme que bastaria que, cada português, substituísse em somente 100 euros
mensais as compras de produtos importados, por produtos fabricados no país, para
que o nosso problema de falta de crescimento económico ficasse resolvido.

Representaria para a nossa indústria, só por si, um acréscimo superior a
12.000.000.000 de euros por ano, ou seja uma verba equivalente à da construção de
um novo aeroporto de Lisboa e respectivas acessibilidades, a cada 3 meses!!!

Este comportamento deve ser assumido como um acto de cidadania, como um acto
de mobilização colectiva, por nós, e, como resposta aos povos do mundo que nos
acham uns coitadinhos incapazes.
Os nossos vizinhos Espanhóis há muitos anos que fazem isso. Quem já viajou com
Espanhóis sabe que eles, começam logo por reservar e comprar as passagens, ou
pacote, em agência Espanhola, depois, se viajam de avião, fazem-no na Ibéria,
pernoitam em hotéis de cadeias exclusivamente Espanholas (Meliá, Riu, Sana ou
outras), desde que uma delas exista, e se encontrarem uma marca espanhola dum produto que precisem, é essa mesma que compram, sem sequer comparar o preço
(por exemplo em Portugal só abastecem combustíveis Repsol, ou Cepsa). Mas, até
mesmo as empresas se comportam de forma semelhante! As multinacionais
Espanholas a operar em Portugal, com poucas excepções, obrigam os seus
funcionários que se deslocam ao estrangeiro a seguir estas preferências e contratam
preferencialmente outras empresas espanholas, quer sejam de segurança,
transportes, montagens industrias e duma forma geral de tudo o que precisem, que
possam cá chegar com produto, ou serviço, a preço competitivo, vindo do outro lado
da fronteira. São super proteccionistas da sua economia! Dão sempre a preferência a
uma empresa ou produto Espanhol! Imitemo-los nós no futuro!

Passa este texto para todos os teus contactos para chegarmos a todos os
portugueses.


Quando a onda pegar, vamos safar-nos.

Será um primeiro passo na direcção certa!

Ditos populares correctos





No popular diz-se: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bichocarpinteiro' "Minha grande dúvida na infância... Mas que bicho é esse que é carpinteiro, um bicho pode ser carpinteiro???"
Correto: 'Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro' "Tá aí a resposta para meu dilema de infância!" EU NÃO SABIA. E VOCÊ?
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão.'
Enquanto o correto é: ' Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão.' "Se a batata é uma raiz, ou seja, nasce enterrada, como ela se esparrama pelo chão se ela está embaixo dele?"

'Cor de burro quando foge.'
O correto é: 'Corro de burro quando foge!'"Esse foi o pior de todos!
Burro muda de cor quando foge??? Qual cor ele fica??? Porque ele muda de cor???"

Outro que no popular todo mundo erra:'Quem tem boca vai a Roma.'
"Bom, esse eu entendia, de um modo errado, mas entendia! Pensava que quem sabia se comunicar ia a qualquer lugar!" O correto é: 'Quem tem boca vaia Roma.' (isso mesmo, do verbo vaiar).

Outro que todo mundo diz errado,
'Cuspido e escarrado' - quando alguém quer dizer que é muito parecido com outra pessoa.
O correto é: 'Esculpido em Carrara.' (Carrara é um tipo de mármore)

Mais um famoso.... 'Quem não tem cão, caça com gato.' "Entendia também, errado, mas entendia! Se não tem o cão para ajudar na caça o gato ajuda! Tudo bem que o gato só faz o que quer, mas vai que o bicho tá de bom humor!"
O correto é:'Quem não tem cão, caça como gato.... ou seja, sozinho!'

A HISTÓRIA ORIGINAL - BARACK OBAMA




PEDIDO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO

Um advogado de nome Barack Hussein Obama II, na época, 1995,
líder comunitário, membro fundador da mesa diretora da organização
sem fins lucrativos Public Allies, membro da mesa diretora da fundação
filantrópica Woods Fund of Chicago, advogado na defesa de direitos
civis e professor de direito constitucional na escola de direito da
Universidade de Chicago, Estado de Illinois (e atual presidente dos
Estados Unidos da América) numa certa ocasião pediu um empréstimo
em nome de um cliente que perdera a sua casa num furacão e queria
reconstruí-la.

Foi-lhe comunicado que o empréstimo seria concedido logo que ele
pudesse apresentar o título de propriedade original da parcela da
propriedade que estava a ser oferecida como garantia.

O advogado Obama levou três meses para seguir a pista do título de
propriedade datado de 1803.
Depois de enviar as informações para o Banco, recebeu a seguinte
resposta:

"Após a análise do seu pedido de empréstimo, notamos que foi
apresentada uma certidão do registo predial.
Cumpre-nos elogiar a forma minuciosa do pedido, mas é preciso
salientar que o senhor tem apenas o título de propriedade desde 1803.


Para que a solicitação seja aprovada, será necessário apresentá-lo
com o registo anterior a essa data."

Irritado, o advogado Obama respondeu da seguinte forma:
"Recebemos a vossa carta respeitante ao processo nº.189156.
Verificamos que os senhores desejam que seja apresentado o título de
propriedade para além dos 194 anos abrangidos pelo presente registo.
De facto, desconhecíamos que qualquer pessoa que fez a escolaridade
neste país, particularmente aqueles que trabalham na área da
propriedade, não soubessem que a Luisiana foi comprada, pelos EUA à
França, em 1803.
Para esclarecimento dos desinformados burocratas desse Banco,
informamos que o título da terra da Luisiana, antes dos EUA terem a
sua propriedade, foi obtido a partir da França, que a tinha adquirido por
direito de conquista da Espanha.

A terra entrou na posse da Espanha por direito de descoberta feita no
ano 1492 por um navegador e explorador dos mares chamado
Cristóvão Colombo, casado com dona Filipa, filha de um navegador de
nome Perestrelo.
Este Colombo era pessoa respeitada por reis e papas e até ouso
aconselhar-vos a ler a sua biografia para avaliar a seriedade dos seus
feitos e intenções. Esse homem parece ter nascido em 1451 em
Gênova, uma cidade que naquela época era governada por
mercadores e banqueiros, conquistada por Napoleão Bonaparte em
1797 e actualmente parte da Região da Ligúria, República Italiana.


A ele, Colombo, havia sido concedido o privilégio de procurar uma nova
rota para a Índia pela rainha Isabel de Espanha.

A boa rainha Isabel, sendo uma mulher piedosa e quase tão cautelosa
com os títulos de propriedade como o vosso Banco, tomou a precaução
de garantir a bênção do Papa, ao mesmo tempo em que vendia as
suas jóias para financiar a expedição de Colombo.
Presentemente, o Papa – isso, temos a certeza de que os senhores
sabem -é o emissário de Jesus Cristo, o Filho de Deus, e Deus -é
comumente aceito -criou este mundo a partir do nada com as palavras
Divinas: Fiat lux que significa "Faça-se a luz", em língua latina.

Portanto, creio que é seguro presumir que Deus também foi possuidor
da região chamada Luisiana por que antes, nada havia.
Deus, portanto, seria o primitivo proprietário e as suas origens
remontam a antes do início dos tempos, tanto quanto sabemos e o
Banco também.
Esperamos que, para vossa inteira satisfação, os senhores consigam
encontrar o pedido de crédito original feito por Deus.

Senhores, se perdurar algumas dúvidas quanto a origem e feitos do
descobridor destas terras, posso adiantar-lhes que desta dúvida,
certeza mesmo, só Deus a terá por que inúmeros historiadores e
investigadores, concluíram baseados em documentos que, Cristóvão
Colombo, nasceu em Cuba (Portugal) e, não em Gênova (Itália), como
está oficializado:

Segundo eles,

Em primeiro lugar, Christovam Colon, foi o nome que Salvador
Gonçalves Zarco, escolheu para persuadir os Reis Católicos de
Espanha, a financiar-lhe a viagem à Rota das Índias, pelo Ocidente,
escondendo assim a sua verdadeira identidade.

Segundo, este pseudônimo não aparece por acaso, porque Cristóvão
está associado a São Cristóvão, que é o protetor dos Viajantes (existe
inclusive uma ilha batizada de São Cristóvão).

Cristóvão, que também deriva de Cristo, que propaga a fé, por onde
anda, acresce que Cristo, está associado a Salvador (1º nome
verdadeiro do ilustre navegador).

Colon, porque é a abreviatura de colono e derivado do símbolo das

suas assinaturas"." ( Duas aspas, com dois pontos no meio).
Terceiro, Salvador Gonçalves Zarco, está devidamente comprovado,
nasceu em Cuba ( Portugal) e, é filho ilegítimo do Duque de Beja e de
Isabel Gonçalves Zarco.

Quarto, era prática usual na época, os navegadores darem às
primeiras terras descobertas, nomes religiosos, no caso dele, foi São
Salvador (Bahamas), por coincidência ou talvez não, deriva do seu
primeiro nome verdadeiro, a segunda batizou de Cuba (Terra Natal) e,
seguidamente Hispaniola (Haiti e República Dominicana), porque
estava ao serviço da Coroa Espanhola.

Quinto, a "paixão" pelos mares, estava no sangue da família Zarco,
nomeadamente em, João Gonçalves Zarco, descobridor de Porto
Santo (1418), com Tristão Vaz Teixeira e da Ilha da Madeira (1419),
com o sogro de "Christovam Colon", Bartolomeu Perestrelo.

Por fim, em sexto, existem ilhas nas Caraíbas, com referência a Cuba
(além da mencionada Cuba; São Vicente, na época existia a Capela de
São Vicente, da então aldeia de Cuba).

Posteriormente (Sec-XVI), foi edificada a atual Igreja Matriz de São

Vicente.
São coincidências (pseudônimo, nome das ilhas, família nobre e ligada
ao mar, habitou e casou em Porto Santo, ilha que fica na Rota das
Índias pelo Ocidente), mais do que suficientes, para estarmos em
presença de Salvador Gonçalves Zarco e, conseqüentemente do
português Christovam Colon.

Christovam Colon, morreu em Valladolid (Espanha) em 1506, tendo os
seus ossos sido transladados, para Sevilha em 1509, contudo em
1544, foram para a Catedral de São Domingos, na época colônia
espanhola, satisfazendo a pretensão testamental do prestigiado
navegador.

A odisséia das ossadas não ficaria por aqui, porque em 1795, os
espanhóis tiveram de deixar São Domingos, tendo os ossos sido
transferidos para Cuba (Havana), para em 1898, depois da
independência daquela ilha, sido depositados na Catedral de Sevilha.

Coincidência ou não, em 1877, os dominicanos, ao reconstruírem a
Catedral de São Domingos, encontraram um pequeno túmulo, com
ossos e intitulado “Almirante Christovam Colon".

Existem na Ilha da Madeira e nos Açores, pessoas da famílias Zarco,
descendentes diretos de João Gonçalves Zarco e, conseqüentemente
da mãe (Isabel Gonçalves Zarco) de Christovam Colon, disponíveis
para darem uma amostra do seu cabelo aos cientistas, para analisar o

seu DNA e, para comparar os seus resultados nas ossadas do
navegador, se, efetivamente forem as pretensões deste Banco para
certificar-se da origem do navegador.

Quanto a Deus, ainda não tenho sua biografia, somente sei que caso a
conseguisse, até o maior e mais potente computador do planeta não
seria suficiente para comportar um resumo do resumo da mesma, por
isso sugiro-vos educadamente e após muito pensar, que, por serem
banqueiros e, portanto poderosos, tentem por vossos meios.

Agora, que está tudo esclarecido, será que podemos ter o nosso
empréstimo? "


Barack Hussein Obama II

AUTO ESTIMA


Não interessa o quanto o fisco te tenha depenado...
Importante é andar sempre de cabeça erguida!!!

quarta-feira, julho 13, 2011

LÂMPADAS ECONOMIZADORAS de ENERGIA

CUIDADO!! Aviso do Ministério da Saúde Britânico
Isso é a mais pura Verdade!... "Repassem sem parcimónia" !!!
É DE LAMENTAR NÃO SER O NOSSO MINISTÉRIO A FAZER O ALERTA, pois,
isto tudo é absolutamente verdade!
MAIS AINDA: UM CORTE COM O VIDRO DE UMA DESSAS LÂMPADAS NÃO CICATRIZA !
Tem de haver atendimento médico especializado para que seja feita a devida RASPAGEM DO TECIDO CORTADO, em ambas as bordas, para que a cicatrização possa acontecer.

Atenção às lâmpadas de baixo consumo.
Se alguma se partir, devem seguir as instruções do Ministério da Saúde britânico para que sejam evitados os graves danos causados pelo mercúrio:
Estes tipos de lâmpadas, que são chamadas de poupadoras de energia ou lâmpadas de baixa energia, ao se partirem, causam sério perigo!
Se isto acontecer, o local deverá ser evacuado por, pelo menos, 15 minutos. Porque elas contém mercúrio (venenoso), que causa enxaqueca, desorientação, desequilíbrios e diferentes outros problemas de saúde, quando inalado.
Os resíduos devem ser limpos com vassoura ou escova, colocados num saco plástico que deve ser lacrado e jogado no lixo para materiais perigosos.
Além disso, o ministério alertou para não limpar os restos da lâmpada partida com o aspirador de pó, pois iria espalhar a contaminação para outros lugares da casa.
Também se deve usar luvas descartáveis de protecção que depois serão deitadas fora junto aos restos da lâmpada.
Aviso: O mercúrio é perigoso, até mais venenoso que o chumbo ou arsénio!

domingo, julho 10, 2011

DE UMA GRANDE PESSOA, ESTE TEXTO



Nada me faltará
por MARIA JOSÉ NOGUEIRA PINTO in DN 07/07/2011

Acho que descobri a política - como amor da cidade e do seu bem - em casa. Nasci numa família com convicções políticas, com sentido do amor e do serviço de Deus e da Pátria. O meu Avô, Eduardo Pinto da Cunha, adolescente, foi combatente monárquico e depois emigrado, com a família, por causa disso. O meu Pai, Luís, era um patriota que adorava a África portuguesa e aí passava as férias a visitar os filiados do LAG. A minha Mãe, Maria José, lia-nos a mim e às minhas irmãs a Mensagem de Pessoa, quando eu tinha sete anos. A minha Tia e madrinha, a Tia Mimi, quando a guerra de África começou, ofereceu-se para acompanhar pelos sítios mais recônditos de Angola, em teco-tecos, os jornalistas estrangeiros. Aprendi, desde cedo, o dever de não ignorar o que via, ouvia e lia.
Aos dezassete anos, no primeiro ano da Faculdade, furei uma greve associativa. Fi-lo mais por rebeldia contra uma ordem imposta arbitrariamente (mesmo que alternativa) que por qualquer outra coisa. Foi por isso que conheci o Jaime e mudámos as nossas vidas, ficando sempre juntos. Fizemos desde então uma família, com os nossos filhos - o Eduardo, a Catarina, a Teresinha - e com os filhos deles. Há quase quarenta anos.
Procurei, procurámos, sempre viver de acordo com os princípios que tinham a ver com valores ditos tradicionais - Deus e a Pátria -, mas também com a justiça e com a solidariedade em que sempre acreditei e acredito. Tenho tentado deles dar testemunho na vida política e no serviço público. Sem transigências, sem abdicações, sem meter no bolso ideias e convicções.
Convicções que partem de uma fé profunda no amor de Cristo, que sempre nos diz - como repetiu João Paulo II - "não tenhais medo". Graças a Deus nunca tive medo. Nem das fugas, nem dos exílios, nem da perseguição, nem da incerteza. Nem da vida, nem na morte. Suportei as rodas baixas da fortuna, partilhei a humilhação da diáspora dos portugueses de África, conheci o exílio no Brasil e em Espanha. Aprendi a levar a pátria na sola dos sapatos.
Como no salmo, o Senhor foi sempre o meu pastor e por isso nada me faltou -mesmo quando faltava tudo.
Regressada a Portugal, concluí o meu curso e iniciei uma actividade profissional em que procurei sempre servir o Estado e a comunidade com lealdade e com coerência.
Gostei de trabalhar no serviço público, quer em funções de aconselhamento ou assessoria quer como responsável de grandes organizações. Procurei fazer o melhor pelas instituições e pelos que nelas trabalhavam, cuidando dos que por elas eram assistidos. Nunca critérios do sectarismo político moveram ou influenciaram os meus juízos na escolha de colaboradores ou na sua avaliação.
Combatendo ideias e políticas que considerei erradas ou nocivas para o bem comum, sempre respeitei, como pessoas, os seus defensores por convicção, os meus adversários.
A política activa, partidária, também foi importante para mim. Vivi-a com racionalidade, mas também com emoção e até com paixão. Tentei subordiná-la a valores e crenças superiores. E seguir regras éticas também nos meios. Fui deputada, líder parlamentar e vereadora por Lisboa pelo CDS-PP, e depois eleita por duas vezes deputada independente nas listas do PSD.
Também aqui servi o melhor que soube e pude. Bati- -me por causas cívicas, umas vitoriosas, outras derrotadas, desde a defesa da unidade do país contra regionalismos centrífugos, até à defesa da vida e dos mais fracos entre os fracos. Foi em nome deles e das causas em que acredito que, além do combate político directo na representação popular, intervim com regularidade na televisão, rádio, jornais, como aqui no DN.
Nas fraquezas e limites da condição humana, tentei travar esse bom combate de que fala o apóstolo Paulo. E guardei a Fé.
Tem sido bom viver estes tempos felizes e difíceis, porque uma vida boa não é uma boa vida. Estou agora num combate mais pessoal, contra um inimigo subtil, silencioso, traiçoeiro. Neste combate conto com a ciência dos homens e com a graça de Deus, Pai de nós todos, para não ter medo. E também com a família e com os amigos. Esperando o pior, mas confiando no melhor.
Seja qual for o desfecho, como o Senhor é meu pastor, nada me faltará.

sábado, julho 09, 2011

"Qualquer dona de casa teria feito melhor do que os governos que tivemos"


Medina Carreira elogia o actual Governo por ter gente que não é promovida por estar na política. “Isso dá liberdade”
Sem ilusões! Esta é frase exclamativa que resume a conversa com o professor Medina Carreira. Conhecido pelo tom crítico, sem papas na língua, o ex-ministro das Finanças do primeiro governo constitucional tem sido uma das vozes que mais alertas lança para o estado das finanças públicas portuguesas - nomeadamente no que toca ao endividamento, à despesa pública e à carga fiscal. Autor do ‘bestseller' "Portugal que Futuro?", escreve agora "O Fim da Ilusão ", livro que marca uma vez mais pelo tom crítico do seu ADN. Em conversa (que será transmitida na íntegra no ETV) diz Medina Carreira também - e indo além do conteúdo do livro - que "este Governo trouxe o precedente, que já não existia há muitos anos, de levar para a política gente que na política não é promovida. Na política até é despromovida, pelo menos economicamente". Isso dá liberdade e independência, conclui. Sobre o presente, entende que a primeira coisa que se deve passar na sociedade é que a comunicação social, "de uma forma geral", deve começar a entender que a política depende dos factos. Pensar que a política pode ser desligada da realidade económica é um erro. "Hoje há uma economia que não permite qualquer política."
Porque é que neste livro advoga que este é pior momento que o País atravessa desde que "guardamos memória"?
Se observarmos a situação da economia portuguesa, que tem um dinamismo equivalente ao princípio do século XX (uma economia que cresceu a meio por cento), significa que, do ponto de vista de economia, estamos tão mal como estávamos no passado; se olhar para o nível do desemprego, desde que há registo de desemprego, nunca se atingiu uma taxa tão elevada; se pensarmos na dívida pública, desde há mais de 160 anos não se tinha um nível tão elevado. Portanto todos estes indicadores de natureza comparativa mostram que o País atingiu um estádio de que ninguém vivo tem memória.
Tem vindo a alertar para alguns indicadores macro económicos...
O que aconteceu, aqui com mais intensidade do que em outros países europeus - apesar de outros também terem coisas parecidas - é que as políticas de gastos públicos desconheceram a economia que tinham. Nós criámos um modelo de sociedade em que, devido ao dinamismo da economia europeia de há 40 anos, não era preciso fazer contas para colocar a despesa dentro da capacidade económica que existia. O que acontece é que a economia foi sempre declinando - aqui e no resto da Europa - e o Estado foi gastando aquilo que entendeu. Há dois números muito fáceis de registar: a economia portuguesa dos últimos 20 anos (1990 - 2010) cresceu 1,8 (em média anual) e a despesa pública corrente primária cresceu 4,2. Qualquer dona de casa percebe que se o seu rendimento do lar crescer 1,8, a despesa não pode crescer 4,2. Teoricamente qualquer dona de casa teria feito melhor do que os governos que tivemos.
Utilizando a analogia da dona de casa: o que é a dona de casa pode fazer? Horas extra? Produzir mais? Gastar menos?
Vamos ter que fazer de tudo. Desde logo, e porque pôr a economia em funcionamento é mais difícil e mais lento do que cortar na despesa, a primeira coisa que teremos de fazer é colocarmo-nos dentro da nossa capacidade para gastar. Isto é, teremos que gastar aquilo que produzimos.
É isso basicamente que pretende este acordo com os estrangeiros: colocar os portugueses a viverem com aquilo que têm.
O fim da ilusão?
É evidente. Nós andámos descuidadamente a viver com um nível de vida para o qual não tínhamos dinheiro. Nos últimos dez anos tivemos um nível de vida que se sustentou no endividamento e não naquilo que nós produzíamos. Ora quando vivemos do endividamento, tarde ou cedo vamos ter que ser reconduzidos à nossa capacidade normal de produção. E foi o que aconteceu e que foi lamentável, porque tudo isto traduz uma irresponsabilidade e incompetência total dos governos. Porque os governos teriam que reconduzir a sociedade portuguesa àquilo que poderia gastar e não a pedir dinheiro emprestado para viver melhor.
Está optimista com o novo Governo?
Eu conheço algumas das pessoas que aparecem no Governo, mas isso é relativamente indiferente. Sabe que um dos vícios da política dos últimos dez a vinte anos foi aparecer gente que não tem profissão. Gente que entrou para a política e vive da política. O que é que isto significa é que têm que estar sempre com o partido do poder senão vivem mal ou vivem com estatuto social minimizado. Aquilo que considero mais vantajoso é que este Governo é composto por gente que não foi promovida por ser ministro. Já tinham um estatuto social e económico em que ser ministro é menos do que ser aquilo que eram. Este Governo trouxe o precedente, que já não existia há muitos anos, de gente que na política não é promovida. Na política até é despromovida, pelo menos economicamente. Isso dá liberdade e independência. As pessoas estão enquanto querem, quando não quiserem ou não concordarem saem.

sexta-feira, julho 08, 2011

sábado, julho 02, 2011

É ASSIM...






Angélico Vieira não resistiu ao brutal acidente de viação que sofreu e acabou de falecer. A geração “Morangos com Açúcar” já tem o seu mártir.
Para o caso não interessa nada que o carro circulasse na via pública sem seguro, ou que a maioria dos ocupantes não tivesse colocado o cinto de segurança.
Também parece não interessar a ninguém saber a que velocidade ia a viatura ou se condutor apresentava excesso de álcool ou drogas no sangue. Ninguém falou disso. A comunicação social em peso preferiu a exploração do efeito emocional e ficou por aí.
Mais ou menos na mesma altura morreu o empresário Salvador Caetano. É verdade que o senhor tinha 85 anos e estava doente, mas a histeria mediática à volta do desaparecimento do jovem artista Angélico Vieira, por contraste com a discrição da notícia da morte do empresário nos órgãos de informação dá-nos um excelente retrato da ordem de valores da sociedade actual.
Por aqui se vê que um jovem cantor e actor é muito mais importante do que um homem que subiu na vida a pulso, construiu um império industrial, contribuiu para a produção da riqueza nacional e deu emprego a milhares de pessoas.
Por aqui se vê que para muita gente é mais importante uma novela de duvidosa qualidade, com adolescentes, do que construir fábricas, criar empregos no país e dar pão a inúmeras famílias.
Apesar de tudo entendo muito bem a reacção dos adolescentes neste caso. A culpa desta inversão de valores nem sequer é deles. É da geração anterior, dos pais, que os educaram assim. Para a diversão e não para o trabalho.